O plano da Microsoft para regulamentar a inteligência artificial

Brad Smith, presidente da Microsoft destacou cinco medidas para evitar os problemas atuais e emergentes causados pela IA
Por William Schendes, editado por Ana Luiza Figueiredo 26/05/2023 19h35
Microsoft
Imagem: VDB Photos/Shutterstock
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Durante um discurso em Washington, EUA, com a presença de vário membros do Congresso norte-americano, Brad Smith, presidente da Microsoft, disse que a regulamentação da inteligência artificial será um desafio para o século 21 e apresentou algumas medidas para tratar os problemas causados pela tecnologia.

Em seu discurso, ele destacou a criação de deepfakes como uma das maiores ameaças da popularização de sistemas de inteligência artificial.

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Na ocasião Smith pediu que Joe Biden, presidente dos EUA, assine a ordem executiva exigindo que as agências federais sigam a infraestrutura de gerenciamento de risco desenvolvida pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST, na sigla em inglês). 

O executivo também garantiu que a Microsoft pretende adotar a estrutura do NIST em seus serviços e se comprometeu a apresentar um relatório anual de transparência da IA com a Casa Branca.

Acompanhado de seu discurso, Brad Smith fez uma postagem no blog da Microsoft, sugerindo cinco pontos para tratar os problemas atuais da IA através de políticas públicas, leis e regulamentações. Confira:

  • Implementar e desenvolver estruturas de segurança de IA lideradas pelo governo;
  • Exigir freios de segurança eficazes para sistemas de IA que controlam a 
  • infraestrutura crítica;
  • Desenvolver uma ampla estrutura legal e regulatória baseada na arquitetura de tecnologia para IA;
  • Promover a transparência e garantir o acesso acadêmico e sem fins lucrativos à IA;
  • Buscar novas parcerias público-privadas para usar a IA como uma ferramenta eficaz para enfrentar os inevitáveis ​​desafios sociais que acompanham as novas tecnologias.

Gigantes da IA propõem regulamentação

A Microsoft se junta a outras empresas que fornecem serviços de IA que estão apresentando esforços para regular a tecnologia.

Recentemente, a OpenAI publicou um comunicado propondo a criação de um órgão internacional para regulamentação da IA. 

Em evento no Rio de Janeiro, Sam Altman reforçou a necessidade da regulamentação em todo o mundo e defendeu o estabelecimento de padrões de segurança e auditorias externas responsáveis por verificar a aplicação segura de ferramentas como o ChatGPT e Bard.

Na semana passada, Kent Walker, presidente-executivo de assuntos globais do Google pediu em comunicado que governos, empresas e universidades se unissem para analisar como os avanços da IA podem contribuir com a sociedade e, ao mesmo tempo, entender os riscos causados pela tecnologia.

Com informações de Engadget, CNN e Microsoft.

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Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.