O Telescópio Espacial Hubble fez uma imagem impressionante do aglomerado de estrelas NGC 6325, que pode nos ensinar mais sobre a evolução desses sistemas e até mesmo revelar buracos negros escondidos.
Dezenas de milhões de estrelas podem estar reunidas em aglomerados globulares. Eles estão presentes em todos os tipos de galáxias, tendo somente a Via Láctea, 180 deles.
As estrelas presentes nesses sistemas se formaram praticamente no mesmo momento a partir de uma mesma nuvem de gás e poeira, podendo nos ensinar muito sobre o nascimento desses sóis. Mas o que os astrônomos buscam em meio a esses aglomerados são buracos negros de massa intermediaria, já que pouco se sabe sobre a maneira com que eles evoluem.
Leia mais:
- Hubble descobre objeto misterioso criando “caos estelar” na Via Láctea
- Hubble registra um monstruoso aglomerado de galáxias
- Pequeno buraco negro na Via Láctea pode não ser o que parece
Buracos negros em aglomerados estelares
Existem três tipos de buracos negros:
- Os de massa estelar, com cerca de 3 a 10 vezes a massa solar e que se originaram a partir do colapso sob a própria gravidade de estrelas no fim da vida;
- Os supermassivo, com milhares a bilhões de vezes a massa do Sol, que provavelmente evoluem a partir da colisão de diversos outros buracos negros;
- E os intermediários, com 100 a 10 mil massas solares.
Atualmente os cientistas já conseguiram observar os de massa estelar e até mesmo fazer imagens diretas dos supermassivos, mas até então não se sabe muito sobre os intermediários.
A forma como eles surgem não é exatamente confirmada, já que não existe estrela com massa suficiente para colapsar e formar buracos negros desse tamanho. Mas acredita-se que no início eles eram objetos de massa estelar que se alimentaram do material circundante, como poeira, gás e até mesmo que estrelas que chegaram perto demais.
Investigações de aglomerados globulares revelaram que as estrelas estão distribuídas de uma forma diferente do que se esperava. Uma das hipóteses é a de que os buracos negros escondidos neles alteram o movimento estelar. Assim, estudar em detalhes o NGC 6325 pode revelar a presenças desses objetos, e caso sejam descobertos, podem ajudar os cientistas a entender como eles crescem.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!