O Telescópio Espacial James Webb fez mais um registro de tirar o fôlego. O alvo dessa vez foi uma parte do espaço conhecida como GOODS-South, algo como “bens do sul” em tradução livre. O registro mostra mais de 45 mil galáxias que fazem parte desse aglomerado.

Imagem impressionante do James Webb

  • O tamanho disso é imensurável aqui da Terra;
  • Uma infinidade de estrelas que aparecem dentro de cada uma dessas galáxias;
  • Esse mesmo local já foi explorado pelo lendário telescópio Hubble;
  • Mas nunca com essa magnitude de detalhes.

Nem só beleza…

  • Mas essa foto não impressiona apenas por ser bela;
  • Ela tem um potencial gigante e pode nos ensinar a ver o começo do universo.
  • O registro faz parte do programa JWST Advanced Deep Extragalactic Survey, ou JADES;
  • Esse projeto tem como objetivo explorar o espaço profundo com o maior telescópio espacial já feito.

Os dados acabaram de chegar!

Isso é só o começo! Esses são os primeiros dados do JADES e ainda tem muito mais pela frente. Mesmo assim, o programa do James Webb já descobriu centenas de galáxias que existiam quando o universo tinha menos de 600 milhões de anos. 

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Com JADES, queremos responder a muitas perguntas, como: como as primeiras galáxias se formaram? Com que rapidez eles formaram estrelas? Por que algumas galáxias param de formar estrelas?

Marcia Rieke da Universidade do Arizona em Tucson, co-líder do programa JADES à NASA
 James Webb
Telescópio James Webb (Imagem: NASA)

Como ver o começo do universo?

O JADES permite que os cientistas vejam galáxias muito velhas, que surgiram cerca de 500 milhões de anos após o big bang. Esse momento do nosso universo é conhecido como Época da Reionização. 

Nesse período tudo estava coberto por uma névoa gasosa que tornou a luz opaca. No período de reionização, essa nuvem começava a se dissipar, o que terminou de ocorrer quando o universo tinha cerca de 1 bilhão de anos.

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Mas o que causou essa reionização? Cientistas discutem justamente se isso foi causado por buracos negros supermassivos ativos ou galáxias cheias de estrelas jovens e quentes. O James Webb está trazendo algumas respostas.

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Quase todas as galáxias que encontramos mostram essas assinaturas de linha de emissão incomumente fortes, indicando intensa formação estelar recente. Essas primeiras galáxias eram muito boas em criar estrelas massivas e quentes

Ryan Endsley, da Universidade do Texas em Austin, à NASA.

Endsley e seus colegas também encontraram evidências de que essas jovens galáxias passaram por períodos de rápida formação de estrelas intercalados com períodos de silêncio em que menos estrelas se formaram.

Esses ajustes e inícios podem ter ocorrido quando as galáxias capturaram aglomerados de matérias-primas gasosas necessárias para formar estrelas. Alternativamente, como as estrelas massivas explodem rapidamente, elas podem ter injetado energia no ambiente circundante periodicamente, evitando que o gás se condense para formar novas estrelas.

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