De acordo com pesquisadores da Universidade de Stanford, o Twitter falhou ao impedir que dezenas de imagens de abuso infantil fossem publicadas na rede social.

  • Conforme divulgou o Wall Street Journal, os pesquisadores do Observatório da Internet de Stanford, que conduz investigações do tipo em diversas plataformas, as publicações indevidas foram encaminhadas ao Twitter. Segundo a empresa, o problema foi resolvido;
  • Por meio de um sistema de detecção, os pesquisadores conseguiram identificar mais de 40 imagens postadas em um conjunto de cerca de 100 mil tweets publicados entre 12 março a 20 de maio;
  • As imagens detectadas já haviam sido sinalizadas anteriormente como material de abuso infantil;
  • A pesquisa também revelou que as imagens faziam parte de bancos de dados que empresas usam para rastrear conteúdos postados nas plataformas;
  • Para David Thiel, co-autor do relatório, o Twitter tem falhado em realizar procedimentos básicos para prevenir esses conteúdos abusivos.

Para realizar a busca, os pesquisadores usaram a tecnologia PhotoDNA, que escaneia imagens relacionadas a abuso infantil e funciona com base no banco de dados de organizações — como o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas nos EUA.

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A tecnologia cria uma digital exclusiva (hash) da imagem, que permite obter informações sobre os conteúdos postados — como dados e palavras-chave usadas nas publicações.

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Ainda de acordo com o WSJ, o Twitter disse anteriormente que utilizava o PhotoDNA e outras ferramentas para sinalizar e remover material de exploração infantil. A rede social não informa se continua usando a tecnologia.

Esperamos que o Twitter decida se envolver novamente com pesquisadores acadêmicos para proteger sua plataforma de manipulação indevida.

Alex Stamos, diretor do Observatório da Internet de Stanford e coautor do relatório.

Esforços da rede social para combater conteúdos abusivos

Após a compra do Twitter, Elon Musk prometeu que a remoção de conteúdos desse tipo seria a “prioridade nº 1” e a “prioridade máxima” da empresa.

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Em janeiro, a rede social disse ter suspenso mais de 400 mil contas com algum tipo de envolvimento em materiais de exploração sexual ou infantil.

“Não só estamos detectando mais malfeitores com mais rapidez, como também estamos construindo novas defesas que reduzem proativamente a possibilidade de descoberta de tweets que contêm esse tipo de conteúdo” diz o tuíte de fevereiro publicado pela rede social.

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Com informações de Wall Street Journal.

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