Um experimento focado em melhorar as condições de vida dos astronautas durante as missões espaciais selecionou 12 homens para cumprir a tarefa de ficar dois meses deitado em uma cama. O objetivo do estudo é examinar os principais efeitos da ausência de gravidade.

Para isso, as camas dos voluntários permanecem inclinadas durante 60 dias, em ângulo de -6 graus — por ser a posição mais próxima da ausência de gravidade. Matthieu está entre os voluntários selecionados, e já está deitado há cinco semanas em Toulouse, no sul da França.

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“Entramos na fase exploratória espacial. Estamos realmente tentando ir à Lua e à Marte. Não é ficção. E isso implica voos de longa distância, de dois a três anos”, afirma Audrey Bergouignan, do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS). “A exposição à microgravidade tem impacto no conjunto dos sistemas fisiológicos […] e provoca alterações que tentamos entender e prevenir.”

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  • Na clínica, os 12 voluntários contam com equipe composta por cerca de 100 pessoas encarregadas em acompanhá-los ao longo do projeto – que vão desde profissionais da saúde a pesquisadores;
  • Matthieu afirma que a proposta de remuneração do projeto foi de 18 mil euros (R$ 94,5 mil) pelos três meses no local;
  • Analisando a evolução dos organismos durante o período do estudo, os voluntários são divididos em três grupos: um permanece deitado e faz 30 minutos de bicicleta todos os dias; outro, não pratica nenhuma atividade física; e um terceiro, responsável por pedalar em centrífuga humana em movimento.

Dependendo dos resultados, essa gravidade artificial poderá ser reproduzida em missões espaciais, e ajudará a resolver possíveis falhas técnicas durante a operação. Além do foco espacial, os resultados desse estudo também poderão ser úteis para a análise do sedentarismo no campo terrestre.

“O conhecimento de um estilo de vida hiper-sedentário ajudará todo o mundo a saber como a falta de exercício físico afeta o corpo”, diz Marie-Pierre Bareille.

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Com informações de g1

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