A Terra passa por algumas fases onde é atingida por ondas de calor, que aumentam a temperatura drasticamente em algumas partes do globo. No entanto, um exoplanetas ultraquente faz as temperaturas mais altas da Terra parecerem um inverno congelante. O Wasp-76b é tão quente que sua atmosfera possui rocha vaporizada.

O planeta já havia sido detectado anteriormente e dessa vez um grupo de pesquisadores da Universidade de Montreal quis dar uma olhada mais de perto nesse gigante de lava. A análise identificou elementos químicos na atmosfera do exoplaneta e mediu a quantidade deles.

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A temperatura na atmosfera passa de 2.400 graus Celsius, o suficiente para vaporizar ferro. Elementos capazes de formar rocha também foram vistos na atmosfera. Esses elementos não estão presentes em gigantes gasosos próximos de nós, como Júpiter e Saturno.

Os pesquisadores disseram que a maior vantagem de analisar um planeta como o WASP-76 é identificar condições que não existem em nosso Sistema Solar e ter uma noção de como as coisas podem ter sido há milhões de anos ao nosso redor.

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Realmente raros são os momentos em que um exoplaneta a centenas de anos-luz de distância pode nos ensinar algo que, de outra forma, provavelmente seria impossível saber sobre nosso próprio sistema solar

Stefan Pelletier, chefe do estudo, em comunicado da universidade

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Por que esse exoplaneta é tão quente?

As temperaturas absurdas do WASP-76 b são causadas pela proximidade dele com sua estrela-mãe. O gigante gasoso, por conta disso, é conhecido como Júpiter quente. Para ter noção da proximidade, ele está a um doze avos da distância de sua estrela, WASP-76, do que Mercúrio está do sol.

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Embora o planeta tenha apenas cerca de 85% da massa de Júpiter, tem quase o dobro da largura do gigante gasoso do sistema solar e cerca de seis vezes o seu volume. Isso é resultado da intensa radiação de sua estrela “expandindo” o planeta.

Por causa das temperaturas incríveis de WASP-76 b, elementos que normalmente formariam rochas em planetas terrestres como a Terra , como magnésio e ferro, são vaporizados e se escondem como gases na atmosfera superior do planeta.

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A presença desses elementos não é à toa. Segundo a pesquisa, “elas são o resultado do processamento de hidrogênio e hélio por sucessivas gerações de estrelas ao longo de bilhões de anos. Uma estrela cria elementos mais pesados ​​até esgotar seu combustível para a fusão nuclear , morrendo em uma explosão de supernova . Essa explosão libera esses elementos no cosmos e eles se tornam os blocos de construção das próximas estrelas, com o material restante envolvendo essas estrelas infantis como discos protoplanetários que, como o nome sugere, podem gerar planetas”.

Via Space

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