O Google processou um suposto golpista por montar e executar um esquema para “inundar” os resultados da pesquisa no seu buscador com empresas e avaliações falsas. A empresa apresentou a queixa nesta sexta-feira (16).

Para quem tem pressa:

  • O Google acusou um suposto golpista de montar um esquema para “inundar” os resultados da pesquisa do Google com empresas e avaliações falsas;
  • Ethan Hu teria abusado dos produtos da empresa “para criar listagens online falsas para empresas que não existem e reforçá-las com críticas falsas de pessoas que não existem”;
  • O Google está pedindo indenização e que Hu e seus co-réus sejam permanentemente banidos de anunciar ou vender serviços de verificação falsos;
  • O processo ocorre num momento em que o Google tenta afastar um novo conjunto de concorrentes (por exemplo: o Bing com ChatGPT).
Homem segurando celular com Google aberto
(Imagem: Business Insider)

De acordo com a gigante da tecnologia, o réu, Ethan Hu, abusou dos produtos da empresa “para criar listagens online falsas para empresas que não existem e reforçá-las com críticas falsas de pessoas que não existem”.

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Leia mais:

O Google está pedindo indenização e que Hu e seus co-réus sejam permanentemente banidos de anunciar ou vender serviços de verificação falsos.

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Acusação do Google

Fachada de prédio do Google
(Imagem: Andrew Kelly/Reuters)

Depois de estabelecer as empresas falsas, Hu e 20 co-réus não identificados supostamente venderam essas listas falsas para outras empresas que procuravam promover seus próprios serviços nos resultados de pesquisa do Google.

Nos últimos dois anos, o Google diz que os réus criaram mais de 350 perfis comerciais falsos que receberam pelo menos 14 mil avaliações falsas.

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Embora o Google possa criar listas automaticamente para empresas, os proprietários também podem criá-las solicitando que um cartão postal de verificação seja enviado para seu endereço ou provando sua legitimidade numa chamada de voz ou vídeo com um funcionário do Google.

Em sua denúncia, o Google acusa os réus de se passarem por donos de empresas falsas nessas ligações “armados com um conjunto elaborado de adereços que eles usam para passar suas listagens falsas como pequenas empresas reais”.

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O processo ocorre num momento em que o Google tenta afastar um novo conjunto de concorrentes, como os serviços Bing e ChatGPT assistidos por IA, bem como uma potencial “inundação” de resultados de pesquisa gerados por IA de baixa qualidade.

Retrospecto

Pessoa segurando lupa sobre caixa de pesquisa do Google
(Imagem: DVKi/Shutterstock)

Em um caso, o Google incluiu uma foto que acredita ser de Hu numa dessas ligações, onde Hu alegou estar associado a um quiroprático fictício, Wilmington Chiro Health, em junho de 2021.

Em março de 2022, ele supostamente mostrou a um funcionário do Google uma bancada de ferramentas para demonstrar a existência de “Conserto de Portas de Garagem no Oeste de Los Angeles”, então usou a mesma bancada para verificar duas outras empresas em diferentes partes do país no final daquele mês.

Em outro caso, o Google diz que Hu montou óleos essenciais e uma cadeira de massagem para verificar um negócio de aromaterapia e reiki.

Silhuetas de um homem e duas mulheres na frente de um painel com a logomarca do Google
(Imagem: kovop/Shutterstock)

O Google afirma que Hu anunciaria essas listagens para aluguel e venda nas páginas do Facebook.

Em um exemplo, Hu supostamente pediu a potenciais compradores US$ 1 mil (aproximadamente R$ 5 mil na cotação atual) para acessar uma lista falsa de encanamento em Monterey, Califórnia, que tinha recebido “cerca de 40 ligações e 5 envios de formulário’” no mês anterior, provavelmente de pessoas na área em busca de um encanador.

Os chamadores seriam encaminhados por meio dessa listagem falsa para um negócio de encanamento real com uma presença on-line menos sofisticada.

Com informações da Reuters

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