O bilionário Elon Musk disse na última sexta-feira (16) que espera iniciar os testes dos chips cerebrais da Neuralink ainda este ano em humanos.

Discursando no evento VivaTech, em Paris, na França, o cofundador da empresa disse que o plano é testar implantes primeiro em pacientes tetraplégicos ou paraplégicos.

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O que pode acontecer

  • Por ora, Musk não entrou em detalhes sobre quantos pacientes receberão o implante e também não antecipou nenhuma data: “parece que o primeiro caso ocorrerá ainda este ano”, disse o empresário.
  • Vale lembrar que a Neuralink recebeu autorização da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) em maio para seu primeiro ensaio clínico em humanos.
  • O marco é essencial para a startup — que também enfrenta investigações sobre a sua conduta em experimentos com animais em solo americano.
  • A FDA inclusive reconheceu em comunicado enviado à Reuters que de fato autorizou a Neuralink a utilizar seu implante cerebral, bem como robôs cirúrgicos, para testes (mas também não revelou muitos detalhes).

No fim da linha, mesmo se a Neuralink conseguir comprovar que seu dispositivo é seguro, ainda levará anos (ou até mais de uma década) para a startup obter autorização para uso comercial, apontam especialistas. 

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É importante lembrar ainda que Musk não cumpriu os prazos de outras declarações públicas sobre a Neuralink. Em pelo menos quatro ocasiões desde 2019, ele previu que a Neuralink começaria testes em seres humanos. 

O que é a Neuralink?

  • Fundada em 2016, a Neuralink é uma empresa privada com operações em Fremont, Califórnia, EUA, e amplo campus em construção fora de Austin, Texas, EUA;
  • A empresa tem mais de 400 funcionários e levantou pelo menos US$ 363 milhões, segundo o provedor de dados PitchBook;
  • Com o apoio de Musk, a Neuralink trouxe recursos extraordinários — e investidores —, para o campo conhecido como interface cérebro-computador, onde cientistas e engenheiros desenvolvem implantes eletrônicos que decodificariam a atividade cerebral e a comunicam a computadores;
  • Essa tecnologia, em andamento há décadas, tem potencial de restaurar a função de pessoas com paralisia e condições debilitantes, como a esclerose lateral amiotrófica.

Com informações da Reuters

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