As mudanças climáticas têm alterado toda a dinâmica do globo, mudando os regimes de chuva, causando altas temperaturas e derretimentos de geleiras. Outra consequência é a transformação dos ecossistemas.

Em todo o mundo, florestas tropicais estão se tornando savanas ou dando espaço para áreas agrícolas, savanas estão virando desertos e a tundra está derretendo. Essas mudanças ocorrem quando um ambiente sofreu alterações ao ponto de conseguir se recuperar, ou seja, ultrapassaram o ponto crítico.

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De acordo com um novo estudo publicado na revista Nature Sustainability, atualmente cerca de 20% dos ecossistemas já se encontram em perigo de entrar em colapso. Esses ambientes já são pressionados por ações humanas diretas e agora combinados com eventos climáticos extremos, eles podem ultrapassar o ponto crítico muito antes do que se pensava.

Além disso, se as mudanças climáticas atingirem ambientes já pressionados, eles podem transferir parte dessas tensões para ecossistemas vizinhos e assim por diante, causando um cenário de destruição ecológica em cadeia.

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Quanto tempo resta?

Para calcular quanto tempo resta para esses ecossistemas, os pesquisadores fizeram quatro modelos de ambientes diferentes para simular como eles funcionarão no futuro e devem reagir às mudanças.

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Dois dos modelos são gerais e representam florestas e outro, os lagos. Os outros dois são mais específicos, uma para a lagoa Chilika no estado de Odisha, no leste da Índia, e a Ilha de Páscoa, território chileno no Oceano Pacífico.

As simulações apontaram que todos os ambientes funcionam para se manterem equilibrados e estáveis quantos as mudanças são leves, podendo serem facilmente absorvidas. Mas se as tensões forem elevadas, eles entrarão em colapso.

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Nas mais de 70 mil simulações, o tempo que levará para os ecossistemas entrarem em colapso foi adiantado em 30% a 80%. Isso fez com que locais previstos para ultrapassarem o ponto crítico somente na década de 2090, adiantassem esse movimento já para os próximos 20 anos. 

No entanto, os pesquisadores apontam que se medidas forem tomadas imediatamente, o desastre pode ser evitado, mas uma vez que eles passarem o ponto crítico de tensões, será difícil voltar atrás.

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