Onda de calor provoca mortes nos EUA; El Niño intenso preocupa

As temperaturas passaram dos 45 ºC em diversas cidades, provocando 16 mortes. Calor extremo deve seguir pelo menos até sábado (1º)
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 29/06/2023 13h46, atualizada em 29/06/2023 14h56
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Imagem: Sol entre nuvens. Créditos: Pixabay
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Uma forte onda de calor tem causado mortes e uma série de prejuízos no Centro-Sul dos Estados Unidos. Segundo autoridades norte-americanas, pelo menos 16 pessoas morreram nos últimos dias no país.

As temperaturas na região passaram dos 45 ºC em diversas cidades. Mais de 79 milhões de pessoas estão em estado de alerta para o calor extremo, que deve seguir pelo menos até sábado (1º).

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Calor extremo e fumaça vinda do Canadá

  • O principal estado americano atingido pela onda de calor é o Texas, onde 13 mortes já foram confirmadas. A maioria das vítimas tinha idade entre 60 e 80 anos.
  • Os outros óbitos foram registrados nos estados da Flórida e Louisiana.
  • Esse aumento das temperaturas é causado por um sistema atmosférico de alta pressão que criou uma coluna descendente de ar quente que reteve o calor latente já absorvido pela paisagem, como uma espécie de tampa. Esses eventos normalmente ocorrem sem chuva e sem nuvens, permitindo que o sol esquente a superfície sem impedimentos, causando picos de temperatura.
  • Além do calor extremo, os Estados Unidos ainda sofrem os prejuízos causados pela fumaça proveniente da temporada de incêndios florestais no Canadá, que atingiu diversas cidades americanas.
  • Diante da situação de alerta, a Casa Branca fez um apelo para que cerca de 100 milhões de pessoas evitem sair de casa nos próximos dias.
  • Por causa da alta densidade da fumaça, centenas de voos tiveram que ser cancelados.

El Niño preocupa

  • O calor extremo também atingiu a Índia, a China e o Canadá. “A maior parte da população mundial experimentou um calor recorde nos últimos dias”, diz Daniel Swain, cientista climático da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
  • A chegada do El Niño preocupa os especialistas. O fenômeno climático vai causar a elevação das temperaturas globais, o que pode tornar 2023 o ano mais quente já registrado.
  • A situação é ainda mais preocupante em função de estudos que apontam que mais de 22% dos habitantes da Terra podem ser expostos a calor mortal até 2100. Confira mais detalhes aqui.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.