O aumento do número de casos de febre maculosa no Brasil colocou as autoridades de saúde em estado de atenção. Já são 19 casos confirmados e 9 mortes pela doença apenas no estado de São Paulo.

Mas algumas ações têm se mostrado eficientes no combate ao carrapato-estrela Amblyomma spp, responsável por transmitir a doença infecciosa causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. Uma fazenda da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, conseguiu controlar a transmissão a partir do uso de carrapaticida e da regulação do tamanho da grama local.

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Febre maculosa e o tamanho da grama, qual a relação?

  • Carlos Alberto Perez, agrônomo e entomólogo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP, explica que para evitar a transmissão, umas da possíveis medidas a serem tomadas é a manutenção do tamanho da grama em áreas verdes.
  • Segundo ele, uma das primeiras informações coletadas pelo instituto sobre a doença é o fato de a sua transmissão estar diretamente associada ao gramado.
  • A partir disso, os pesquisadores passaram a procurar maneiras de controle dos carrapatos por meio do uso de maquinários agrícolas.
  • Perez explica que, quando a fêmea termina de sugar o sangue do animal infectado com a bactéria Rickettsia rickettsii, ela cai no chão e abre um buraco no solo, onde deposita entre 7 mil e 10 mil ovos. Cerca de 95% destes viram carrapatos, que, quando originados de uma fêmea doente, também ficam infectados e passam a transmitir a doença ao picar os animais e humanos. 
  • Os sintomas iniciais da doença são febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e calafrio. Em um segundo estágio, pontos vermelhos nas palmas das mãos e nas solas dos pés começam a aparecer.
  • O agrônomo explica que o desafio presente na identificação da doença é o fato de seus sintomas serem muito semelhantes aos de outras enfermidades, por isso, é necessário informar ao médico sobre o possível contato com carrapatos para um diagnóstico mais preciso. 

Com informações do Jornal da USP.

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