Um surto de febre maculosa atingiu recentemente a Fazenda Santa Margarida, em Campinas, no interior de São Paulo. A situação colocou as autoridades de saúde em alerta e agora um novo diagnóstico da doença transmitida pelo carrapato-estrela foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Como funciona o novo teste para febre maculosa?

  • O novo kit para a identificação de infecções pela bactéria da família Rickettsia foi produzido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, que faz parte da Fiocruz.
  • Chamado de IBMP Biomol Rickettsiose, ele pode ser usado para resolver um dos maiores desafios no tratamento da doença, o diagnóstico tardio.
  • Na maioria dos casos, os resultados só são entregues dias depois da testagem.
  • Por essa razão, em caso de suspeita, o tratamento deve ser iniciado antes mesmo da confirmação.
  • “O produto corresponde a um ensaio que utiliza a técnica de PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo real, permitindo a detecção de marcadores específicos do material genético de bactérias do gênero Rickettsia spp. e Rickettsia rickettsii. O teste é qualitativo, ou seja, aponta a presença ou a ausência de cada alvo molecular na amostra biológica”, explica a Anvisa.
  • O teste para a doença do carrapato deve sempre ser feito por um profissional de saúde, uma vez que envolve a coleta de uma amostra de DNA extraído de amostras de sangue, soro ou coágulo de pacientes.
  • No momento, o exame não poderá ser comprado em farmácias em esquema similar aos dos testes rápidos.
  • Ainda não existe uma data de quando o teste chegará ao mercado e nem o valor que será vendido.

Teste é o segundo disponível no Brasil contra a febre maculosa

  • O teste da IBMP é o segundo a ser autorizado pela Anvisa contra a doença.
  • Em 2020, a agência aprovou o produto Família Kit de Detecção por PCR em Tempo Real Viasure Doenças Transmitidas por Carrapatos, que usa uma estratégia similar na detecção da bactéria
  • Nos primeiros sete meses, já foram registrados 12 casos de febre maculosa no Brasil, incluindo nove mortes pela doença.
  • A maioria dos diagnósticos estavam concentrados na cidade de Campinas, no interior de São Paulo.

Medidas preventivas contra a doença

  • Uma fazenda da Universidade de São Paulo (USP) conseguiu controlar a transmissão da febre maculosa.
  • O feito foi atingido a partir do uso de carrapaticida e da regulação do tamanho da grama local.
  • Confira mais aqui.

Com informações da Anvisa.

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