Um novo tipo de exame de sangue está sendo utilizado por dinamarqueses para identificar possíveis anormalidades fetais genéticas no início da gestação. Por mais que seja promissor, esse método também tem levantado questões éticas.

O exame foi desenvolvido por pesquisadores do Aarhus University Hospital, na Dinamarca, e, embora seja um pouco diferente, o novo procedimento deve apresentar o mesmo nível de precisão do que é utilizado atualmente.

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Hoje em dia, as gestações com alto risco de anormalidades são submetidas à biópsia de vilosidades coriônicas (BVC) — método tradicional para diagnósticos. Esse exame é um teste de placenta, onde se insere uma agulha no estômago da mãe.

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Até o momento, esse teste é o mais seguro e recomendado para esse tipo de avaliação, além de ser mais preciso para doenças cromossômicas, tais como a Síndrome de Down — porém, apresenta risco de 0,5% de aborto espontâneo.

  • O novo método desenvolvido pelos pesquisadores dinamarqueses é chamado de EVITA e se baseia em tipo de exame de sangue que isola as células fetais do sangue da gestante;
  • No EVITA, cerca de dez células fetais são isoladas de cerca de 200 milhões de células encontradas na amostra de sangue da mulher;
  • Segundo a equipe, esse DNA é mais que suficiente para as análises necessárias. Todavia, os pesquisadores esperam que o exame também seja capaz de apontar pequenos defeitos nos cromossomos.

Por enquanto, o novo exame de sangue pode revelar uma série de doenças cromossômicas — ainda mais do que o exame de sangue já existente — mas, no futuro, poderemos encontrar muito mais doenças.

Ida Vogel, professora de diagnóstico fetal na Departamento de Mulheres

“A longo prazo, você pode ter a oportunidade de rastrear doenças que não pode examinar durante a gravidez, mas apenas quando a criança nascer, incluindo fibrose cística”, complementa Vogel.

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Com informações de Euronews

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