Em anos recentes, os testes genéticos ficaram mais acessíveis, o que também aumentou a procura por eles. Uma das modalidades mais populares hoje em dia é voltada para a investigação da ancestralidade, mas existem outras aplicações, como analisar a predisposição de pessoas a determinadas doenças, como o câncer. Afinal, o nosso DNA pode dar pistas sobre as chances de desenvolver certas enfermidades. A seguir, abordaremos quais doenças um teste genético pode diagnosticar.

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Em suma, existem duas possibilidades de testes genéticos voltados para avaliar a predisposição a determinadas doenças. A primeira é por recomendação médica, em virtude de suspeita de doença genética ou em razão do histórico de saúde da família do paciente. Outro caso ocorre por iniciativa própria, justamente em busca de informações a respeito da probabilidade desenvolver algum tipo de doença. Falamos mais sobre esse assunto aqui.

Testes podem indicar propensão a doenças

teste genético
Recolhimento de amostra do DNA a partir de um swab é suficiente para coletar material necessário para teste genético. Imagem: shutterstock/Microgen

De maneira simplificada, podemos dizer que esses testes fazem as análise de genes ou das mutações neles para identificar o risco/propensão de doenças. Existem testes específicos para medir o risco de surgimento de certas enfermidades, a partir da identificação de variáveis relacionadas ao desenvolvimento dessas doenças. Porém, essas análises mais específicas costumam ser feitas por solicitação de um médico.

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Quem quer, por conta própria, buscar essas informações, um dos meios mais comuns são os testes genéticos comercializados pela internet. Ainda que muitas dessas empresas tenham como carro-chefe os testes de ancestralidade, são disponibilizados também exames com foco na saúde preventiva.

A lista de predisposições passíveis de identificação pode variar a depender do laboratório. No entanto, os testes mais comuns costumam contempla as seguintes condições:

  • Alto nível de colesterol
  • Alto nível de triglicerídeos
  • Alzheimer
  • Câncer de mama
  • Câncer de ovário
  • Câncer de próstata
  • Câncer colorretal
  • Câncer de endométrio
  • Câncer de pele melanoma
  • Câncer de estômago
  • Colite ulcerativa
  • Deficiência de alfa-1 antiripsina
  • Diabetes monogênica
  • Doença celíaca
  • Doença intestina inflamatória
  • Doença de Crohn
  • Doença de Dupuytren
  • Doença de Wilson
  • Gota
  • Hemocromatose

Resultados x precisão

Ilustração de tecnologia na medicina
Caso exames apontem predisposição ao desenvolvimento de alguma doença, pode ser necessária a realização de testes mais aprofundados. Imagem: Shutterstock

Apesar de os avanços na genética possibilitarem avaliar as predisposições de cada pessoa a determinadas doenças, é importante destacar que os resultados não devem ser encarados como sentenças definitivas. Portanto, não é possível assegurar que um teste genético possa determinar, com total precisão, as chances de desenvolvimento de uma doença.

No caso de um teste genético apontar alguma predisposição, é importante procurar um médico. Assim, será possível avaliar a necessidade de realização de exames mais aprofundados e também definir uma orientação voltada para a prevenção.

“Para alguns tipos de diabetes tipo 1, que tem um padrão hereditário, existe uma variabilidade nos indivíduos. Então, para algumas famílias, sim, [a pesquisa] faz sentido. Agora, colocar isso dentro de um teste que é de ampla requisição, ou seja, que não existe um gargalo para dizer ‘esse cara é elegível e esse não’, é complicado. É muito complexo”, disse Mitne.  

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