O Ministério da Saúde irá substituir gradualmente a vacina oral contra a poliomielite, conhecida como “gotinha”, pela versão inativada do imunizante a partir de 2024. O anúncio foi realizado nesta sexta-feira (07).

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Segundo a pasta, a mudança leva em consideração as mais recentes evidências científicas no combate à doença e foi amplamente debatida e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização.

A vacina em forma injetável, que utiliza vírus “mortos”, já é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Mas agora haverá mudanças e o Brasil irá adotar outros critérios.

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Novo esquema vacinal

  • A principal mudança é a adoção exclusiva da forma injetável da vacina como reforço aos 15 meses de idade, substituindo a forma oral do imunizante, atualmente aplicada aos 15 meses e 4 anos.
  • A partir do primeiro semestre de 2024, crianças que completarem as três primeiras doses da vacina receberão apenas um reforço com a vacina injetável aos 15 meses.
  • Depois disso, ocorrerá a eliminação da dose de reforço aos 4 anos.
  • O esquema vacinal de quatro doses garantirá proteção contra a pólio, tornando a dose de reforço aos 4 anos desnecessária.

Zé Gotinha não vai desaparecer

  • Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a atualização é baseada em critérios epidemiológicos, evidências sobre a vacina e recomendações internacionais.
  • A pasta também destacou que o Zé Gotinha, famoso símbolo da relevância da vacinação no país, permanecerá atuante.
  • Segundo as autoridades do país, ele seguirá engajado em sua missão de conscientizar crianças, pais e responsáveis em todo o território nacional, por meio de sua participação nas iniciativas de imunização e campanhas promovidas pelo Governo Federal.

Baixa cobertura vacinal e riscos da poliomielite

  • A poliomielite é uma doença infectocontagiosa transmitida por um vírus e é caracterizada por um quadro de paralisia flácida.
  • O início é repentino e a evolução do déficit motor ocorre, em média, em até três dias.
  • A doença acomete, em geral, os membros inferiores, de forma assimétrica, e tem como principal característica a flacidez muscular.
  • Também conhecida como paralisia infantil, ela tem certificado de erradicação no país desde 1994.
  • No entanto, a baixa cobertura vacinal nos últimos anos tem deixado os especialistas em alerta em função do risco de volta da doença infectocontagiosa.
  • Segundo dados da OMS e do UNICEF, desde 2016 o Brasil não alcança a faixa ideal para a terceira dose da vacina da pólio.
  • Em 2021, esse índice foi de apenas 61%
  • Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, em todo o Brasil, a cobertura ficou em 77,19% no ano passado, longe da meta de 95%.

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