A ex-CEO da Theranos, Elizabeth Holmes, pode sair da prisão quase dois anos antes do esperado. É o que apontou a estimativa de soltura do BOP (Federal Bureau of Prisons), órgão que determina onde o condenado deverá cumprir a pena.

Para quem tem pressa:

  • No final de 2022, Elizabeth foi condenada a 11 anos e três meses de prisão – ou seja, deveria permanecer presa até 2034;
  • No entanto, consta atualmente no banco de dados on-line da agência responsável pelo sistema federal de prisões que a pena da ex-CEO vai até 29 de dezembro de 2032;
  • A discrepância parece ser devido à forma como a agência calcula sua estimativa para a data de soltura dos detentos.

No final de 2022, Elizabeth foi condenada a 11 anos e três meses de prisão. Ou seja, ela deveria permanecer presa até 2034.

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No entanto, consta atualmente no banco de dados on-line do BOP – agência responsável pelo sistema federal de prisões nos EUA – que a pena da ex-CEO vai até 29 de dezembro de 2032.

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Elizabeth Holmes se entregou em uma penitenciária no Texas no final de maio. Ela cumpre sua sentença numa penitenciária federal de segurança mínima que fica a aproximadamente 160 quilômetros de Houston, no Texas.

O que rolou

Elizabeth Holmes durante julgamento
(Imagem: Jeff Chiu/AP)

A discrepância parece ser devido à forma como a agência calcula sua estimativa para a data de soltura dos detentos.

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Um porta-voz do BOP disse à CNN que a agência não pode comentar sobre as condições de nenhum preso. Mas disse que eles podem ter parte da pena abatida por boa conduta.

Os presos qualificados são elegíveis para terem até 54 dias abatidos para cada ano da sentença imposta pelo tribunal.

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Além disso, os detentos têm outras maneiras de ganhar créditos de tempo enquanto estão presos, disse o porta-voz.

Ele apontou que existem uma série de outros fatores que podem ser considerados no cálculo da agência para a estimativa de soltura – por exemplo, a participação do detento em programas da prisão.

Esses fatores que entram no cálculo para a estimativa de soltura não são exclusivos do caso de Holmes, mas padrão para os presidiários.

O pedido de Elizabeth para permanecer em liberdade sob fiança enquanto luta para anular sua condenação foi negado por um tribunal em maio.

Elizabeth Holmes: relembre o caso

Foto estilo retrato de Elizabeth Holmes
(Imagem: Reprodução/Forbes)

De multimilionária a culpada por fraude eletrônica e conspiração. Tudo em menos de 40 anos de vida. Assim foi a trajetória de Elizabeth Holmes, considerada a “nova Steve Jobs” e queridinha do Vale do Silício.

Elizabeth construiu uma imagem totalmente falsa no mercado financeiro. Em seus argumentos persuasivos, ela se apresentava como a criadora de uma máquina que realizava exames médicos com apenas gotas de sangue retiradas dos pacientes.

No entanto, era tudo pura manipulação. Ela foi desmascarada por uma reportagem do The Wall Street Journal, publicada em 2015, que demonstrou a ineficácia da máquina.

Holmes se defendeu e negou as acusações, alegando que houve a participação de várias equipes de cientistas e engenheiros na elaboração do experimento.

Em um julgamento, que durou dois meses, ela explicou a ideia, as origens da empresa e o principal objetivo na época: ajudar as pessoas.

No entanto, os jurados da Califórnia ouviram depoimentos de testemunhas de acusação – entre eles, pacientes e investidores. Todos estavam se sentindo lesados.

Sua trajetória deu origem à minissérie “The Dropout“, original do Star+, baseada no podcast homônimo apresentado por Rebecca Jarvis e produzido pela ABC News. Quem interpreta Elizabeth na produção é a atriz Amanda Seyfried (“Garota Infernal”).

Com informações da CNN (em inglês)

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