Importante para a indústria de semicondutores e para o mundo da tecnologia, a Lei Moore do co-fundador da Intel Corporation ditou por décadas os lançamentos de microprocessadores em ritmo acelerado e competitivo no mercado.

Mas o que exatamente determina esse conceito abraçado pelos fabricantes do setor de eletrônica e na informática? Que benefícios a Lei Moore trouxe e qual a sua importância para o consumidor? Confira agora, neste artigo!

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O que diz a Lei Moore?

Em 1965, Gordon Earle Moore afirmou que o número de transistores em um processador dobraria a cada ano. Essa profecia se tornou regra para a indústria, afinal, o autor da previsão era simplesmente, o co-fundador da Intel, considerada até hoje uma das maiores empresas fabricantes de processadores do mundo.

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A informação foi publicada em um artigo na revista Electronic Magazine, onde Moore analisou as expectativas da evolução da tecnologia. Dessa forma, nasceu a Lei Moore, uma previsão certeira sobre a informática daquela época em diante.

Porém, em 1975 houve uma revisão da lei, e Moore redefiniu o período de tempo, afirmando que o número de transistores dobraria para 24 meses.

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Contudo, a Lei de Moore tornou-se base para os fabricantes de memórias RAM, placas de vídeo e chips por muito tempo, são quase 60 anos desde sua publicação.

Em seu artigo “Cramming More Components onto Integrated Circuits”, é possível ver todos os pormenores da lei, em que Moore acreditava que a inserção de cada vez mais componentes em circuitos integrados, de modo a investir na miniaturização poderia viabilizar o desenvolvimento de novos e melhores computadores.

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A Lei de Moore, é uma lei de fato?

A resposta é não! Mas embora a Lei de Moore, não seja de fato uma lei, ela foi mesmo seguida pelos maiores fabricantes de processadores do mundo, inclusive a Intel e empresas como AMD. Essas fabricantes desde então, buscam atualizações de técnicas de produção periodicamente para lançar produtos com litografias cada vez menores.

Gordon Earle Moore faleceu em março de 2023, deixando o legado de profeta da tecnologia, e que fato foi, pois se não tivesse compartilhado aquele artigo em 1965, talvez jamais teríamos esse ritmo acelerado de lançamentos de produtos com tecnologia cada vez mais avançados que temos hoje.

Qual a importância da Lei de Moore?

Ao estipular despretensiosamente um período de tempo para a melhora dos processadores fabricados a cada dois anos, a Lei de Moore apresentou ao mundo números em nanômetros e economia. Além disso, existem inúmeras possibilidades que permeiam a busca incansável por novas tecnologias beneficiando todas às áreas, até mesmo avanços no campo da medicina.

Afinal, muitas empresas não se cansam de buscar soluções inovadoras. Existem computadores tão rápidos, com capacidade de 1.102 Exaflop/s. Pesquisadores têm realizado estudos para comparar tal velocidade com a capacidade humana, considerando os órgãos sensoriais que calculam as atividades e as realizam com a mesma grandeza.

Essa aplicação foi divulgada também em um teste do grupo Los Alamos (grupo de pesquisadores apoiados pela a empresa IBM). O teste foi uma simulação, que considerou o mesmo número de cálculos que nosso cérebro executa durante a audição ou a locomoção.

Portanto, pesquisas como essa são extremamente valiosas, pois podem ser uma ferramenta importante nas áreas da saúde e da ciência, proporcionando benefícios em muitos tratamentos e estimulando ainda mais estudos.

Qual o limite da Lei de Moore?

Desde que a Lei de Moore surgiu a capacidade do processamento dos computadores fabricados continuou a dobrar a cada dois anos. Porém, não há como ter certeza se a lei de Moore continuará por mais tempo, embora ela ainda seja válida.

Essa perspectiva surgiu após considerações de especialistas especularem que será impossível que a Lei de Moore continue. Isso porque, considera-se que engenheiros de grandes empresas como AMD, Media Tek, Qualcomm e até mesmo a Intel não consigam mais reduzir o tamanho dos componentes de um processador. Processadores com transistores em nanômetros já são fabricados na própria Intel, onde a Lei de Moore surgiu.

Por outro lado, manter o fator financeiro também tem causado questionamentos sobre a continuidade da Lei de Moore.

Recentemente o CEO da Nvidia, Jensen Huang, declarou que a Lei de Moore acabou e especulou que os preços dos semicondutores, afetados pela crise dos chips durante a pandemia, não baixariam.

Entretanto, os defensores da Lei de Moore não hesitam em posicionar-se. O atual CEO da Intel, Pat Gelsinger, declarou que “a Lei de Moore está viva e bem”.

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