Citroën C3 tira zero em teste de segurança

O Latin NCAP, entidade que conduz testes de segurança veicular na América Latina, fez críticas pesadas à Stellantis
Gabriel Sérvio14/07/2023 11h00, atualizada em 14/07/2023 12h31
Citroën C3 zera testes de segurança
Imagem: Divulgação/Latin NCAP
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O Latin NCAP, entidade que conduz testes de segurança veicular na América Latina, apresentou nesta quinta-feira (13) os resultados do Citroën C3. O hatch não foi nada bem e ficou com zero estrela, resultado classificado como “vergonhoso”.

Os testes se dividem em quatro frentes: proteção para adultos, crianças, pedestres e assistentes de segurança. O C3 ficou longe do ideal em quase todos, recebendo duras críticas.

  • Para adultos, o carro equipado apenas com 2 airbags (o mínimo exigido por lei) protege os ocupantes que vão na frente. No entanto, não há proteção contra o ‘efeito chicote’ em caso de colisão traseira.
  • A proteção para pedestres foi a nota mais alta do C3 nos testes, quase 50% do ideal.
  • O pior resultado foi de proteção para crianças, com apenas 12% do esperado. Apesar de boa proteção para cabeça e resto do corpo, as instruções para uso da cadeirinha não cumprem o exigido pelo órgão uruguaio.

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Aqui vale um adendo: uma crítica foi por não ser possível desativar o airbag do carona para instalar a cadeirinha. Vale ressaltar que a regra não vale para o Brasil. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê que é proibido viajar com crianças no banco da frente, mesmo com o acessório, até os 10 anos.

Estrutura frágil

  • A fraca estrutura do C3 também contribuiu para o resultado, bem como a falta de proteção lateral para a cabeça.
  • O modelo também não possui nenhum recurso autônomo para evitar acidentes, apenas alerta de cinto e controle de estabilidade.
  • O veículo passou por teste de colisão frontal, lateral, chicotada cervical (whiplash), proteção para pedestres e Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC).
Citroën C3 zera testes de segurança
Imagem: Divulgação/Latin NCAP

Resultado “vergonhoso”

O presidente do Conselho de Administração do Latin NCAP, Stephan Brodziak, disse que o resultado “é vergonhoso” para a Stellantis, “que sabe perfeitamente como desenvolver carros mais seguros a preços acessíveis”.

Um carro dessa natureza representa uma afronta à saúde e à integridade dos latino-americanos, que são tão vulneráveis em situações de colisões e atropelamentos quanto os habitantes dos países onde a Stellantis jamais se atreveria a comercializar um carro com segurança tão precária

Stephan Brodziak, presidente do Conselho de Administração do Latin NCAP

Com esse resultado, somado ao baixo desempenho de Strada, 208, Cronos/Argo, entre outros, o Latin NCAP os incentiva fortemente a revisar esses requisitos (de segurança), que estão longe do que eles alegam e do que os consumidores da região merecem

Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP

O que diz a Stellantis

Em nota, o grupo automotivo disse o seguinte:

A Stellantis afirma seu compromisso com a proteção veicular, desenvolvendo veículos modernos e alinhados com o segmento. Reafirma ainda que seus automóveis atendem todas as regulamentações vigentes

Com informações do Autoesporte e Quatro Rodas

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.