Como a China pretende colocar astronautas na Lua?

Nesta semana a Agência Espacial Tripulada da China (CMSA) anunciou o plano de lançar dois foguetes à superfície lunar
Por William Schendes, editado por Lucas Soares 14/07/2023 10h45
China Lua
(Imagem: BeeBright/ Shutterstock)
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A China planeja enviar dois foguetes à Lua até 2030, um que levará o módulo de pouso na superfície lunar e outro que transportará os astronautas.

De acordo com o Global Times, o módulo de pouso na superfície da Lua e a espaçonave tripulada serão enviados de forma separada. Depois que a espaçonave atracar, os astronautas chineses irão até o módulo de pouso que usarão para descer na superfície da Lua.

O plano foi revelado na última quarta-feira (12) pelo vice-engenheiro-chefe da Agência Espacial Tripulada da China (CMSA), durante uma cúpula aeroespacial na cidade de Wuhan.

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A missão é parte de um projeto do país para estabelecer uma estação de pesquisa lunar. Os astronautas enviados investigarão a melhor forma de construir a instalação de pesquisa, explorações lunares no terreno, entre outros experimentos científicos envolvendo coletas de material lunar.

No momento, os pesquisadores chineses estão ocupados desenvolvendo todo o equipamento necessário para a missão como trajes lunares, rovers tripulados, naves espaciais tripuladas e veículos lunares.

A mídia estatal do país ainda não divulgou a quantidade de astronautas planejada para a missão.

China investe pesado no programa de exploração espacial

  • A missão lunar representa um esforço da China para avançar seu programa espacial;
  • Apesar de passar por muitos avanços nos últimos anos, o país saiu atrás na corrida espacial, pois não conseguiu colocar seu primeiro satélite em órbita até 1970 – na época os EUA já haviam pousado um astronauta na lua;
  • Em 2013, a China se tornou o terceiro país que pousou com sucesso um rover na lua;
  • O líder chinês Xi Jinping tem feito forte investimento no programa espacial do país nos últimos anos;
  • No entanto, a consultoria Euroconsult estima que cerca de US$5,8 bilhões (cerca de R$27 bilhões na cotação atual) apenas em 2019;
  • A China passou os últimos anos construindo sua própria estação espacial em Tiangong, que foi concluída em novembro do ano passado;
  • A estação espacial chinesa só compete com a Estação Espacial Internacional (ISS) operada por Estados Unidos, Canadá, Rússia, Japão e Europa.

Com informações de CNN, Reuters e Wion.

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Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.