Aspartame: Anvisa não muda recomendação após alerta da OMS

Segundo a Anvisa, não há alteração do perfil de segurança para o consumo do aspartame após OMS considerar adoçante possivelmente cancerígeno
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 14/07/2023 14h58
Aspartame-1
Imagem: Josep Suria/SHutterstock
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta sexta-feira (14), que mantém a recomendação do consumo de aspartame, um dos adoçantes mais comuns do mundo. A declaração foi dada após a conclusão, anunciada nesta quinta-feira (13), pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), órgãos ligados à ONU, de que a substância é possivelmente cancerígena, mas que há um limite aceitável para consumo diário.

Leia mais

Produto é seguro, garante Anvisa

  • Segundo a Anvisa, não há alteração do perfil de segurança para o consumo do aspartame.
  • A agência ainda afirmou que seguirá acompanhando atentamente os avanços da ciência sobre o tema.
  • “O aspartame vem sendo objeto de extensa investigação, incluindo estudos experimentais, pesquisas clínicas, estudos epidemiológicos e de exposição e vigilância pós-mercado. Existe um consenso entre diversos comitês internacionais considerando o aspartame seguro, quando consumido dentro da ingestão diária aceitável”, afirmou, em nota, a entidade.
  • A Anvisa informou também que discute alternativas para melhorar as regras para a declaração dos edulcorantes e de outros aditivos alimentares na lista de ingredientes, bem como os requisitos de legibilidade que irão permitir que o consumidor identifique com mais facilidade a presença destes constituintes nos alimentos.
  • A Associação Internacional de Adoçantes também emitiu uma declaração reforçando a segurança do produto em dietas equilibradas com objetivo para perda de peso e redução do consumo de açúcar.
  • A entidade considera que a decisão da OMS não anula a segurança do produto.
  • A substância tem poder de adoçar cerca de 200 vezes maior do que o açúcar comum e é muito utilizada em produtos dietéticos, como refrigerantes e sucos em pó.

Limite aceitável para consumo

  • Não há estudos em humanos que confirmem que o aspartame cause câncer, apenas “evidências limitadas” em animais, afirmaram OMS e FAO.
  • Mas de acordo com um comitê misto formado por especialistas dos dois órgãos, a ingestão diária aceitável da substância é de 40 mg/kg de peso corporal.
  • Isso significa que um adulto de 70 kg poderia consumir até 9 latas de refrigerante diet por dia (cada uma contém cerca de 300 mg de aspartame).
  • As entidades ainda afirmaram que são necessários mais estudos sobre o impacto da ingestão da substância no organismo humano (veja mais informações clicando aqui.)

Com informações de Folha de São Paulo.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.