Cirurgiões e engenheiros desenvolveram uma mão biônica inédita que permite controlar sem esforço cada dedo individualmente. A inovação pode revolucionar como membros protéticos são projetados, além de ajudar pacientes a recuperar funções que perderam após uma amputação.

O que você precisa saber:

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  • Músculos que permanecem após uma amputação controlam uma mão protética por sinais produzidos nas contrações (“sinais mioelétricos”). No entanto, para indivíduos com amputação acima do cotovelo (transumeral) isso não funciona.
  • Nesses casos, não restam músculos para gerar sinais, o que significa que não é possível controlar o membro protético de forma mais natural.
  • A chave para a nova mão biônica funcionar é uma técnica chamada reconstrução neuromuscular, revela um estudo publicado na Science Translational Medicine.
  • Neste procedimento, os cirurgiões religam os nervos do coto para controlar diferentes músculos. 
  • Isso permite que os usuários façam movimentos mais complexos com a mão biônica, como flexionar e estender os cinco dedos para pegar objetos ou digitar em um teclado, por exemplo.

Leia mais:

Além da reconstrução neuromuscular, a nova técnica usa um implante de titânio instalado dentro do osso residual, conectando a nova mão direto ao corpo do paciente, oferecendo um ponto de fixação mais estável.

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A pesquisa foi liderada pelo professor Max Ortiz Catalan.

Este é um grande avanço no campo dos membros biônicos (…) abre a possibilidade de criar mãos biônicas que são tão funcionais quanto mãos naturais

Max Ortiz Catalan, diretor fundador do Centro de Pesquisa em Biônica e Dor (CBPR) na Suécia:

A nova mão biônica já foi testada com sucesso em um paciente que perdeu o braço acima do cotovelo. Ele aprendeu a controlar o implante de forma rápida e fácil, realizando uma variedade de tarefas. A novidade é um sinal de esperança para mais de 60 milhões de pessoas que vivem com amputação de membros no mundo, segundo um levantamento de 2017 do Institute for Health Metrics and Evaluation.

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Via: Euronews

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