Mão biônica revolucionária permite controlar cada dedo com precisão 

Tecnologia permite que uma mão biônica faça movimentos mais naturais
Gabriel Sérvio14/07/2023 13h06, atualizada em 17/07/2023 21h06
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Cirurgiões e engenheiros desenvolveram uma mão biônica inédita que permite controlar sem esforço cada dedo individualmente. A inovação pode revolucionar como membros protéticos são projetados, além de ajudar pacientes a recuperar funções que perderam após uma amputação.

O que você precisa saber:

  • Músculos que permanecem após uma amputação controlam uma mão protética por sinais produzidos nas contrações (“sinais mioelétricos”). No entanto, para indivíduos com amputação acima do cotovelo (transumeral) isso não funciona.
  • Nesses casos, não restam músculos para gerar sinais, o que significa que não é possível controlar o membro protético de forma mais natural.
  • A chave para a nova mão biônica funcionar é uma técnica chamada reconstrução neuromuscular, revela um estudo publicado na Science Translational Medicine.
  • Neste procedimento, os cirurgiões religam os nervos do coto para controlar diferentes músculos. 
  • Isso permite que os usuários façam movimentos mais complexos com a mão biônica, como flexionar e estender os cinco dedos para pegar objetos ou digitar em um teclado, por exemplo.

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Além da reconstrução neuromuscular, a nova técnica usa um implante de titânio instalado dentro do osso residual, conectando a nova mão direto ao corpo do paciente, oferecendo um ponto de fixação mais estável.

A pesquisa foi liderada pelo professor Max Ortiz Catalan.

Este é um grande avanço no campo dos membros biônicos (…) abre a possibilidade de criar mãos biônicas que são tão funcionais quanto mãos naturais

Max Ortiz Catalan, diretor fundador do Centro de Pesquisa em Biônica e Dor (CBPR) na Suécia:

A nova mão biônica já foi testada com sucesso em um paciente que perdeu o braço acima do cotovelo. Ele aprendeu a controlar o implante de forma rápida e fácil, realizando uma variedade de tarefas. A novidade é um sinal de esperança para mais de 60 milhões de pessoas que vivem com amputação de membros no mundo, segundo um levantamento de 2017 do Institute for Health Metrics and Evaluation.

Via: Euronews

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.