IA: robôs podem aliviar a solidão?

Estudo aponta que robôs com inteligência artificial podem ser importantes aliados na luta contra a solidão
Alessandro Di Lorenzo17/07/2023 09h12, atualizada em 17/07/2023 21h05
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O aumento da solidão e o isolamento social afetam um terço da população mundial e podem trazer sérias consequências para a saúde, como o aumento do risco de doenças mentais, obesidade, demência e até morte precoce. Um estudo realizado por pesquisadores das universidades de Auckland, Duke e Cornell aponta que robôs com inteligência artificial podem ser importantes aliados na luta contra o problema.

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O estudo, publicado na revista Science Robotics, apresenta sugestões para governos e faz um apelo para o trabalho em conjunto com o objetivo de desenvolver diretrizes de combate aos problemas causados pela solidão. Também propõe o uso da tecnologia, através de robôs e da IA.

“No momento, todas as evidências apontam para ter um amigo de verdade como a melhor solução. Mas até que a sociedade priorize a conexão social e os cuidados com os idosos, os robôs são uma solução para os milhões de pessoas isoladas que não têm outras soluções”, aponta Murali Doraiswamy, professora de psiquiatria e geriatria da Universidade Duke e membro do Instituto Duke para Ciências do Cérebro.

Tecnologia é bem-vinda

  • Segundo estimativas da Survey Center on American Life, o número de americanos sem amigos próximos quadruplicou desde 1990.
  • Já uma pesquisa da Sermo, rede de mídia social privada para médicos, mostrou que 69% dos profissionais entrevistados concordaram que os robôs sociais poderiam fornecer companhia, aliviar o isolamento e potencialmente melhorar a saúde mental dos pacientes.
  • Foram ouvidos 307 prestadores de cuidados na Europa e nos Estados Unidos.

Uso da IA

  • Diversas pesquisas sugerem que os robôs podem reduzir o estresse e a solidão e ajudar as pessoas mais velhas a permanecerem saudáveis e ativas em suas casas.
  • Testes com a tecnologia são abundantes, mas o avanço da IA pode agora promover conexões sociais mais fortes com humanos.
  • O ChatGPT, por exemplo, é baseado em modelos de linguagem e permite que os robôs se envolvam em conversas mais espontâneas e até mesmo imitem as vozes de velhos amigos e entes queridos que faleceram.
  • “A IA apresenta oportunidades empolgantes para dar aos robôs companheiros maiores habilidades para construir conexão social. Mas precisamos ter cuidado para construir regras para garantir que elas sejam morais e confiáveis”, destaca Elizabeth Broadbent, Ph.D., professora de Medicina Psicológica da Universidade de Auckland.
  • “Com as diretrizes éticas certas podemos ser capazes de aproveitar o trabalho atual para usar robôs para criar uma sociedade mais saudável”, concluem os autores do estudo.

Com informações de Universidade de Duke.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.