Buraco de minhoca é um modelo da astrofísica que poderia conectar duas partes distantes do Universo. Apesar de já ter sido retratado diversas vezes na ficção, esse fenômeno ainda segue no campo teórico, sem que sua existência tenha sido comprovada. Agora, um grupo de cientistas indica ter encontrado uma maneira de usar esse conceito para viajar no tempo.

A ideia de que buracos de minhoca podem permitir viagens distantes no Universo de forma instantânea não é nova e está na teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein. Essa mesma teoria diz que viajar mais rápido que a Luz seria o equivalente a viajar no tempo.

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Ou seja, buracos de minhoca são associados a viagem no tempo pois permitiriam deslocamentos instantâneos pelo universo, que seriam equivalentes a uma viagem temporal.

O novo estudo sobre viagens no tempo

A pesquisa recente foi conduzida por Valeri P. Frolov, da Universidade de Alberta, no Canadá, e Andrei Zelnikov, da Universidade Charles, em Praga, e afirma que em determinadas condições seria possível usar um buraco de minhoca para viagens no tempo.

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Os cientistas focaram em um tipo específico de buraco que tem formato de anel. Ao contrário dos buracos propostos mais comuns, esse não tem matéria dentro, fazendo com que a passagem dentro dele seja mais simples.

A pesquisa diz que esse buraco de minhoca produziria “curvas temporais fechadas” no espaço-tempo, o que significa que os objetos que viajam na curva terminariam no mesmo momento em que começaram. “Esse processo inevitavelmente transforma um buraco de minhoca de anel atravessável em uma máquina do tempo”, conclui o artigo.

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Basicamente: seria possível viajar pelo buraco de minhoca em uma direção, retornar na outra e emergir em um momento anterior à primeira entrada.

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Buracos de minhoca como máquinas do tempo

O conceito principal por trás disso está presente na Relatividade Geral, em que afirma que o Universo pode ser moldado e deformado, como uma folha de papel, ele poderia ser tão deformado que conectaria dois pontos distantes em uma dimensão acessada pelos buracos de minhoca, mas ainda estariam muito longe um do outro para uma viagem comum. 

Além de comprovar a existência dos buracos, também é preciso saber se seria viável sobreviver passando entre eles, e esse novo modelo proposto no estudo pode indicar que sim.

Os autores concluem que, quando um buraco de minhoca afetado por um campo gravitacional fraco se forma pela primeira vez, ele não funcionará como uma máquina do tempo, mas inevitavelmente se tornará uma mais tarde. Tudo isso, claro, está no campo da teoria, mas os avanços no estudo dos buracos de minhoca podem trazer novidades interessantes no futuro.

Via Science Alert

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