O naufrágio do Titanic, em abril de 1912, é um evento marcante na história da humanidade e foi imortalizado ao virar roteiro de filme. Mas como a embarcação foi encontrada? Houve uma série de tentativas de recuperar os corpos das cerca de 1.500 vítimas e os destroços do navio, mas a limitada tecnologia de mergulho da época impediu que isso ocorresse por mais de sete décadas. E quando, de fato, o Titanic foi encontrado, a missão era outra.

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Foi apenas em 1985 que os destroços do Titanic foram encontrados. Isso ocorreu durante uma exploração conjunta do ex-oficial da Marinha dos EUA Robert Ballard e do oceanógrafo francês Jean-Louis Michel.

Mas a missão secreta inicialmente tinha um propósito muito diferente: encontrar os restos de dois submarinos nucleares, o USS Scorpion e o USS Thresher. A informação só foi revelada em 2008.

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Titanic afundou em abril de 1912 (Imagem: Magellan Ltd/Atlantic Productions)

Missão secreta queria encontrar submarinos nucleares afundados

  • Ballard tinha sim o objetivo de encontrar o que restou do Titanic quando se reuniu com a Marinha dos EUA, em 1982.
  • Ele queria garantir o financiamento de um novo tipo de tecnologia submersível.
  • A proposta foi aceita, mas sob uma condição: primeiro seriam encontrados os dois submarinos nucleares afundados.
  • O USS Thresher desapareceu em abril de 1963, e o USS Scorpion dois anos depois, em maio de 1968.
  • A Casa Branca queria confirmar se a União Soviética havia ou não desempenhado algum papel nos naufrágios.
  • Até hoje, eles continuam sendo os únicos submarinos nucleares perdidos pelas Forças Armadas dos Estados Unidos.

A descoberta do Titanic

  • A operação foi um sucesso, mas não encontrou qualquer tipo de evidência de ataque contra as embarcações.
  • “Não vimos nenhuma indicação de algum tipo de arma externa que tenha causado a queda do navio”, disse Ronald Thunman, afirmou o então vice-chefe de operações navais para guerra submarina dos EUA.
  • Com 12 dias restantes na missão, Ballard conseguiu, enfim, encontrar o Titanic.
  • Para isso, usou um palpite: ele imaginava que o navio havia se dividido em dois e deixado um rastro de destroços.
  • De acordo com Ballard, a Marinha americana estava apreensiva com a descoberta dos restos da embarcação.
  • “A Marinha nunca esperou que eu encontrasse o Titanic e, quando isso aconteceu, eles ficaram muito nervosos por causa da publicidade. Mas as pessoas estavam tão focadas na lenda do Titanic que nunca ligaram os pontos”, destacou o ex-oficial.
  • Robert Ballard escreveu sobre a experiência no livro The Discovery of the Titanic (A descoberta do Titanic).

Com informações de ScienceAlert.

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