Robô inspirado em tartaruga é capaz de se mover na areia; confira

Experimento é equipado com dois membros dianteiros parecidos com nadadeiras de tartarugas filhotes
Por Alisson Santos, editado por Rodrigo Mozelli 19/07/2023 00h24, atualizada em 19/07/2023 20h59
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A equipe de robótica da Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), desenvolveu robô no formato de tartaruga filhote que consegue se mover pela areia, enfrentando desafios significativos no percurso.

Esses movimentos só são possíveis graças a dois membros dianteiros que imitam as nadadeiras enormes de filhotes de tartaruga, que também permitem que o robô cave e deslize sob a areia.

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Além disso, essa é a primeira vez que um robô consegue viajar na areia a profundidade equivalente a 12 cm, em velocidade de 1,2 milímetros por segundo – aproximadamente quatro metros,

O bot no formato de tartaruga é equipado com sensores de força nas extremidades de seus membros que permitem detectar obstáculos durante os movimentos. Ele também pode operar sem fio e ser controlado via Wi-Fi.

“Robô =-tartaruga” chegou quebrando recorde (Imagem: David Baillot/Universidade da Califórnia em San Diego)
  • Os robôs que operam na areia enfrentam desafios significativos, como lidar com forças maiores do que os robôs que se movem no ar ou na água;
  • Isso acontece porque a locomoção na areia costuma promover atrito entre os grãos de areia, fazendo com que a máquina gere grandes forças; além da dificuldade em detectar obstáculos;
  • Por mais que o experimento já tenha demonstrado eficácia na fase de testes, os cientistas ainda não entendem completamente como os robôs com apêndices parecidos com nadadeiras se movem na areia;
  • Ao longo dos próximos testes, a equipe vai aumentar a velocidade do robô e permitir que ele realmente se enterre e cave para fora da areia.

Precisávamos construir um robô que fosse forte e aerodinâmico.

Shivam Chopra, principal autor do artigo que descreve o robô na revista Advanced Intelligent Systems

O robô detecta obstáculos por meio dos sensores que refletem nas mudanças no torque gerado pelo movimento de suas nadadeiras, que permitem detectar obstáculos somente acima de seu corpo. Durante os testes, os pesquisadores descobriram que ele desacelerou na areia molhada – demonstrando maior resistência.

Com informações de Tech Xplore

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Alisson Santos
Redator(a)

Alisson Santos é estudante de jornalismo pelo Centro Universitário das Américas (FAM). Atualmente é redator em Hard News no Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.