A profundeza do oceano abriga as mais estranhas criaturas, com dentes gigantes, bioluminescência, e corpos muito bizarros, dignos de protagonizarem os filmes de terror alienígena. Mas, por que esses peixes têm características que parecem ser de outro mundo?

 A resposta é simples: é por causa do ambiente em que eles vivem e as condições dele. Esse animais precisam enfrentar pouca ou nenhuma incidência de luz, falta de alimentos, alta pressão e temperaturas próximas a zero graus quando estão no oceano profundo, abaixo de 200 metros de profundidade.

publicidade

O fundo do mar é um lugar realmente difícil para ganhar a vida, então muitos animais realmente tiveram que se adaptar a algumas adaptações de nicho para sobreviver naquele ambiente.

Mary McCarthy, biólogo de peixes, em resposta ao LiveScience 

Alguns peixes desenvolveram enormes conjuntos de mandíbulas a fim de facilitar a captura do pouco alimento existente. O peixe-víbora, por exemplo, possui dentes enormes, tão grandes que sua boca não pode se fechar sem que eles furem seu cérebro, além disso, eles também são transparentes, fazendo com que fiquem escondidos até que seja tarde demais para serem percebidos por suas presas.

Outra coisa muito comum entre esses animais é a maciez, como a do peixe-bolha. Ele vive nas águas da Tasmânia e da Austrália entre 600 e 1200 metros, onde a pressão é 100 vezes maior que a da superfície, assim foi necessário que ele adaptasse seu corpo, tornando-o mais macio e sem um esqueleto forte. Por causa disso, quando ele é trazido para a superfície, parece gelatinoso.

publicidade

Leia mais:

Luzes no fundo do oceano

A luminescência pode ser observada em mais de 75% dos peixes que habitam o oceano profundo, de acordo com um estudo publicado na revista Nature em 2017. Esse processo geralmente acontece por causa de uma reação química dentro do corpo desses animais, onde um composto de luz conhecido como luciferina, se combina com a enzima luciferase para gerar um fóton de luz.

publicidade
O Tamboril possui uma estrutura luminosa em sua cabeça que se parece com uma vara de pescar (Credito: MBARI)

Alguns desses animais a utilizam para atrair presas ou companheiros e outros para se proteger e camuflar. Um dos mais famosos peixes bioluminescentes é o tamboril, que apareceu no filme Procurando Nemo. Ele possui uma estrutura luminosa em sua cabeça semelhante a uma vara de pesca, utilizada para chamar atenção de outras criaturas que vão acabar parando na boca desse predador.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!