O uso do ChatGPT na medicina já é uma realidade. Mas será que o chatbot da OpenAI é mais “qualificado” que os futuros profissionais de medicina? Um estudo de pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, tentou responder a essa pergunta.

Leia mais

publicidade

ChatGPT x estudantes de medicina

  • O teste concluiu que o ChatGPT pode superar estudantes de medicina do primeiro e segundo anos em perguntas sobre exames e cuidados clínicos.
  • A tecnologia foi utilizada para responder questões de múltipla escolha no Exame de Licença Médica dos Estados Unidos (USMLE), prova exigida para que os profissionais atuem na área.
  • O objetivo era entender como a IA poderia lidar com perguntas mais difíceis e abertas usadas para avaliar as habilidades de raciocínio clínico de alunos do primeiro e segundo ano em Stanford.
  • Esses questionamentos revelam os detalhes de um caso de paciente para que se chegue a possíveis diagnósticos.
  • O estudo foi publicado no The Journal of the American Medical Association (JAMA) e concluiu que a inteligência artificial obteve, em média, quatro pontos a mais do que os estudantes de medicina.
  • “Ficamos muito surpresos com o quão bem o ChatGPT se saiu nesses tipos de perguntas de raciocínio médico de resposta livre, excedendo as pontuações dos participantes do teste humano”, diz Eric Strong, professor associado clínico da Escola de Medicina de Stanford e um dos autores do estudo.
  • “Com esses tipos de resultados, estamos vendo a natureza do ensino e do teste do raciocínio médico por meio de texto escrito sendo alterada por novas ferramentas”, diz a coautora Alicia DiGiammarino, gerente de Educação do Ano 2 da Faculdade de Medicina.

IA precisou raciocinar

  • Os pesquisadores usaram a versão mais recente do ChatGPT, chamada GPT-4, lançada em março de 2023.
  • Foram compilados 14 casos de raciocínio clínico, cada um repleto de detalhes, como condições médicas crônicas não relacionadas e medicamentos, assim como prontuários médicos de pacientes da vida real.
  • Durante o exame, os participantes deveriam escrever respostas em parágrafos para um conjunto de perguntas feitas após cada relato de caso.
  • “Não é extremamente surpreendente que o ChatGPT e programas como ele se saiam bem em questões de múltipla escolha. Tudo o que está sendo dito aos participantes é uma parte central da questão, então é principalmente a lembrança de informações. Uma colina muito mais difícil de escalar é uma pergunta aberta e de resposta livre”, destacou Strong.

Futuro da medicina

  • A conclusão do exame reforça um entendimento que já é colocado em prática na Universidade de Stanford: tecnologias como o ChatGPT estão sendo utilizadas para complementar o aprendizado dos alunos.
  • “Estamos a apenas alguns anos de ter que incorporar a IA na medicina cotidiana”, enfatiza o professor Eric Strong.

Com informações de Medical Xpress.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!