Está roendo unhas ou arrancando peles? Estudo achou a “cura”

Hábitos repetitivos contra o próprio corpo, como roer unhas, morder a bochecha ou a boca, afetam 5% das pessoas no mundo — mas há solução
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Bruno Capozzi 21/07/2023 15h02
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(Foto: Arman Novic/Shutterstock)
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Não é incomum encontrar alguém que roa unhas ou arranque as pele da boca ou dos dedos quando está estressado (isso se essa pessoa não for você). Um novo estudo descobriu uma solução capaz de fazer esse hábito passar — e é mais simples do que você imagina.

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Solução

A solução é simples: quando se sentir tentado a roer uma unha ou cutucar uma cutícula, por exemplo, toque sua pele de maneira suave, esfregando as pontas dos dedos na palma da mão ou na parte de trás do braço pelo menos duas vezes ao dia.

Segundo os cientistas que conduziram o estudo, essa estratégia chama-se “substituição de hábito” e ajudou 53% dos participantes dos testes a reduzir o comportamento anterior.

Ainda segundo Steffen Moritz, principal autor da pesquisa e neuropsicólogo clínico, se a pessoa sentir um estresse maior, pode realizar os movimentos mais rapidamente, mas nunca com mais pressão.

Um simples hábito pode te ajudar a parar de roer unhas (Foto: BLACKDAY/Shutterstock)

Como funcionou o estudo

  • O estudo que levou à descoberta durou seis semanas e contou com testes em 268 pessoas.
  • Todos esses voluntários tinham tricotilomania, uma condição que faz com que pessoas, quando estão sob estresse, roam unhas, arranquem mechas de cabelo ou mordam a parte interna da bochecha.
  • Os participantes foram informados que estavam em uma lista de espera para o tratamento (que receberam após o estudo), mas alguns dos voluntários sequer precisaram disso, porque o método funcionou.
  • Os mais beneficiados foram os que roem unhas: cerca de 80% dos participantes saíram satisfeitos do tratamento.

Importância do estudo

  • Os comportamentos repetitivos focados no corpo (BFRB), como os citados anteriormente, afetam cerca de 5% das pessoas no mundo.
  • Muitas vezes, os indivíduos que têm essa condição não conseguem achar um tratamento adequado e, em alguns casos, aderem até ao uso de medicamentos psiquiátricos mais fortes. A terapia cognitivo-comportamental também pode ser uma alternativa.
  • Segundo os pesquisadores, mais estudos são necessários para entender esses hábitos e como revertê-los ou substituí-los por outros mais saudáveis (o que os cientistas chamam de desacoplamento).

Com informações de Medical Xpress

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Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.

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