A presença de robôs no nosso dia a dia está cada vez mais comum, mas o desafio segue sendo em relação ao processo de humanização dessas tecnologias. Um estudo publicado na revista Science Robotics aponta que as abordagens tradicionais para dar empatia aos robôs podem não funcionar e descreve um novo método para atingir esse resultado.

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Método atual não é o ideal

  • O trabalho foi realizado por uma equipe de cientistas sociais, neurologistas e psiquiatras do Instituto do Cérebro e Criatividade da Universidade do Sul da Califórnia, em conjunto com o Instituto de Estudos Avançados da Consciência, da Universidade da Flórida Central e da Escola de Medicina David Geffen da UCLA.
  • Atualmente, a abordagem mais comum para conferir empatia aos robôs é usando a inteligência artificial.
  • A ideia é ensinar as máquinas como os humanos se comportam sob diversos cenários e seguir esses comportamentos a partir de algumas regras.
  • No entanto, os pesquisadores apontam que tal método ignora o papel que a autopreservação desempenha na empatia humana.

Como criar robôs com empatia?

  • Se um robô vê um vídeo de uma pessoa experimentando uma reação dolorosa ao cair, por exemplo, ele pode ser ensinado a imitar tal reação como uma forma de se conectar com a pessoa, mas será apenas uma encenação já que a máquina não estará sentindo nenhuma empatia.
  • Para que isso acontecesse, dizem os responsáveis pelo estudo, o robô teria que sentir o tipo de dor que pode resultar de uma queda.
  • A ideia não é que a tecnologia seja programada para sentir dor real, embora isso possa ser uma opção no futuro, mas sim que ela veja que essas ações podem ter repercussões negativas.
  • Fazer isso significaria dar aos robôs a capacidade de sofrer, um meio eficaz de autodisciplina e fundamental para a empatia.
  • E poderia servir de obstáculo para um dos maiores temores da sociedade retratados em Hollywood: uma possível revolução robótica com intenção de matar os seres humanos.
  • De qualquer forma os pesquisadores concordam que imitar uma qualidade humana tão enigmática em uma máquina é um desafio gigantesco.

Com informações de Tech Xplore.

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