GPS debaixo d’água: tecnologia demorou, mas chegou!

O aplicativo usa alto-falantes e microfones para rastrear com precisão a localização de cada usuário debaixo d'água
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 25/07/2023 17h35, atualizada em 31/07/2023 18h09
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O GPS faz parte da nossa rotina e pensar em um mundo sem esse tipo de tecnologia já parece um passado muito distante. Mas o sistema de localização com precisão ainda não funciona muito bem debaixo d’água. Agora, uma equipe da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, desenvolveu o primeiro aplicativo de posicionamento 3D subaquático para dispositivos inteligentes.

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Limitações do GPS dentro d’água

  • O GPS depende de uma vasta rede de satélites para localizar dispositivos móveis com sinais de rádio.
  • Mas debaixo d’água, esses sinais desaparecem rapidamente.
  • O som, porém, viaja mais rápido e mais longe na água do que no ar.
  • Os sistemas de posicionamento subaquático anteriores dependiam de boias estrategicamente posicionadas, mas esses sistemas são caros e complicados de implantar, levando muitos mergulhadores a prescindir.
  • Mas os pesquisadores entenderam que isso não era necessário.

Como funciona o sistema desenvolvido?

  • Quando pelo menos três mergulhadores estão a cerca de 30 metros um do outro, os alto-falantes e microfones existentes de seus dispositivos entram em contato uns com os outros.
  • Assim, o aplicativo rastreia a localização de cada usuário.
  • O alcance pode ser aumentado com um maior número de mergulhadores.
  • Se um dispositivo também rastreia a profundidade, como fazem monitores esportivos como o Apple Watch Ultra ou o Garmin Descent, o sistema pode localizar mergulhadores em 3D.
  • Para obter coordenadas reais, o líder precisa estar conectado sem fio a um dispositivo de superfície em um barco com recursos de GPS.
  • “Os dispositivos móveis hoje podem funcionar em praticamente qualquer lugar da Terra. Você pode estar em uma floresta ou em um avião e ainda obter conectividade com a internet. Mas o único lugar onde ainda não tínhamos feito os dispositivos móveis funcionarem era debaixo d’água. É uma espécie de fronteira final”, afirmou o autor principal da pesquisa, Tuochao Chen.
  • O estudo se baseia em uma descoberta anterior do laboratório chamada AquaApp, que permite que mergulhadores enviem mensagens uns aos outros debaixo d’água.
  • “Por exemplo, se o líder de mergulho encontrar alguém indo para o caminho errado, o líder pode enviar um alerta: ‘Ei, você está saindo do alcance. Você precisa voltar’. Ou se um mergulhador está ficando sem oxigênio, um SOS pode deixar a equipe encontrar a pessoa rapidamente, mesmo em água turva” disse o autor Justin Chan, participante do estudo.
  • Os resultados da pesquisa serão apresentados em setembro em uma conferência realizada em Nova Iorque.

Com informações de Tech Xplore.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.