Conforme noticiado pelo Olhar Digital, um vulcão entrou em erupção há cerca de duas semanas na Islândia, a mais ou menos 30 km da capital Reykjavik. O evento se deu no dia 10 de julho, por volta das 13h20 (pelo horário de Brasília), em uma montanha chamada Litli Hrutur, bem próximo de onde ocorreram as duas erupções mais recentes da península Reykjanes, em 2021 e 2022.

Na semana que antecedeu a erupção deste ano, milhares de pequenos terremotos foram registrados na área, o maior dos quais foi de magnitude 4,8, de acordo com o Met Office islandês.

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Com o evento ainda em andamento, turistas e entusiastas da vulcanologia estão se dirigindo ao local desde a eclosão inicial, hipnotizados pela atividade vulcânica em curso e ansiosos para testemunhar de perto o espetáculo natural. 

Para aqueles que não podem fazer o mesmo, a erupção pode ser assistida do conforto de suas casas, por meio de uma transmissão ao vivo promovida pela RÚV, agência de notícias do governo inslandês.

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Satélites monitoram e investigam a erupção do vulcão com riqueza de detalhes

De acordo com um comunicado da Agência Espacial Europeia (ESA), as tecnologias de satélite agora permitem monitorar a atividade vulcânica até mesmo nos cantos mais isolados do planeta. 

Essas espaçonaves carregam diferentes instrumentos que fornecem uma riqueza de informações complementares para entender melhor as erupções vulcânicas. Satélites ópticos, como a missão Copernicus Sentinel-2, podem obter imagens de plumas de fumaça, fluxos de lava, deslizamentos de terra e fissuras no solo.

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O registro a seguir, feito pelo Sentinel-2 em 11 de julho, mostra a pluma de fumaça do vulcão Litli-Hrútur soprando na direção sudoeste. O Sentinel-2 é parte de um conjunto de dois satélites idênticos, cada um carregando um imageador multiespectral de alta resolução com 13 bandas espectrais.

Crédito: ESA/Copernicus Sentinel data (2023), processed by ESA, CC BY-SA 3.0 IGO

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Embora o local da nova erupção seja um destino turístico popular, também é potencialmente perigoso. Segundo a ESA, novas fissuras podem se abrir sem aviso, rios de lava podem fluir inesperadamente e gases tóxicos, como o dióxido de enxofre, podem contaminar rapidamente o ar. O dióxido de enxofre pode ser bem prejudicial à saúde, especialmente quando presente em altas concentrações no ar.

Esse gás tem uma vida útil relativamente curta devido a várias reações químicas que o removem do ar. Ele pode ser oxidado para formar aerossóis de sulfato ou dissolvido em água para criar ácido sulfúrico, que então é lavado por precipitação.

No entanto, quando o dióxido de enxofre é transportado para a estratosfera, seu comportamento muda. Na estratosfera, em altitudes mais elevadas, há menos mistura atmosférica, e as reações químicas são menos frequentes. Como resultado, o dióxido de enxofre pode persistir por períodos mais longos, variando de semanas a meses ou até anos.

Sensores atmosféricos em satélites podem identificar os gases e aerossóis liberados pela erupção, bem como quantificar seu impacto ambiental mais amplo. A animação abaixo mostra as concentrações de dióxido de enxofre da erupção da Islândia de 11 a 13 de julho, capturadas usando dados do Copernicus Sentinel-5P.

Crédito: ESA/Copernicus Sentinel data (2023), processed by ESA, CC BY-SA 3.0 IGO

As concentrações de dióxido de enxofre em todo o mundo podem ser monitoradas usando a plataforma online Copernicus Sentinel-5P Volcanic Sulphur Dioxide (Dióxido de Enxofre Vulcânico Copernicus Sentinel-5P), que informa o acúmulos diários desse gás proveniente principalmente de fontes vulcânicas.

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