Austrália cria chip de computador com células cerebrais humanas

Chip é capaz de aprender novas habilidade sem perder os conhecimentos anteriores e pode ser utilizado em diversas áreas
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 02/08/2023 17h24, atualizada em 04/06/2024 16h04
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Imagem: Universidade Monash
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Um chip de computador capaz de aprender novas habilidades continuamente sem perder os conhecimentos anteriores foi desenvolvido pela Universidade Monash, na Austrália. Mas o principal diferencial da tecnologia é o uso de tecidos cerebrais de humanos e de camundongos.

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Tecnologia não “esquece”

  • O chip semi-biológico foi construído com 800 mil células extraídas de cérebros humanos e de camundongos cultivadas em laboratório.
  • A tecnologia foi “ensinada” a executar diferentes tarefas.
  • O sucesso foi tanto que as Forças Armadas australianas decidiram investir US$ 403 mil, quase R$ 2 milhões, no projeto.
  • A Universidade Monash afirmou que o chip foi criado para auxiliar na compreensão sobre como funcionam os mecanismos biológicos de aprendizado do cérebro ao longo da vida.
  • Nomeado de DishBrain, ele cria estímulos elétricos nas células cerebrais para completar as atividades.

Novo chip pode revolucionar diversas áreas

  • A tecnologia pode ser utilizada em diversas áreas, desde a robótica até a inteligência artificial.
  • “Os resultados de tal pesquisa teriam implicações significativas em vários campos, como, mas não limitados a, planejamento, robótica, automação avançada, interfaces cérebro-máquina e descoberta de medicamentos, dando à Austrália uma vantagem estratégica significativa”, disse o líder do programa e professor associado, Adeel Razi.
  • Além disso, a inovação tem o diferencial de garantir o aprendizado ao longo da vida, ou seja, o chip é capaz de aprender novas habilidade continuamente sem perder os conhecimentos anteriores.
  • Razi acredita que, no futuro, a tecnologia pode oferecer um melhor desempenho em comparação ao hardware baseado apenas em silício.
  • “Usaremos essa doação para desenvolver melhores máquinas de IA que repliquem a capacidade de aprendizado dessas redes neurais biológicas. Isso nos ajudará a aumentar a capacidade do hardware e dos métodos até o ponto em que eles se tornem um substituto viável para a computação em silício”, afirmou.

Com informações de New Atlas.

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Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.