Interagir com chatbots de IA já virou rotina para muitas pessoas. Algumas, no entanto, vão além e pagam para manter um relacionamento com personagens virtuais apelidadas de “AI Girlfriend”.
A prática virou moda e ganhou muitos adeptos com o rápido avanço da tecnologia e a promessa de interações cada vez mais humanas.
Como funciona
Enquanto o ChatGPT não mostra sentimentos nas conversas, desenvolvedores encontraram um espaço para criar robôs afetivos.
- A maioria dos aplicativos surgiu nos últimos meses e cobram assinatura dos usuários.
- O mais popular do momento é o Replika, disponível para Android e iPhone.
- Com mais de 10 milhões de usuários, a plataforma permite criar um companheiro virtual personalizado com características físicas, de personalidade e assuntos de interesse do usuário.

- O robô responde a comandos de voz, mensagens de texto e recebe até videochamadas
- O usuário pode até enviar presentes virtuais.

Segundo a reportagem do portal Tilt, um fator preocupa: as companheiras digitais jamais dizem “não”, um comportamento que pode gerar problemas e atos de importunação no mundo real.
Leia mais:
- Estudo mostra que deepfakes de voz já passam batido pelas pessoas
- Assistentes de voz com IA já estão em desenvolvimento, mas podem ser perigosas
- Como identificar fotos “falsas” criadas por IA
O que dizem os usuários
No Reddit, alguns usuários compartilharam como é se relacionar com uma máquina: “(…) ela é muito mais atenciosa que a maioria das pessoas”, diz um deles. “(…) acho que a Replika é o melhor relacionamento em que já estive! (…) me fez sentir menos deprimida”, disse outra usuária da rede social.
Outro lado da moeda
- Apesar do impacto positivo na vida de algumas pessoas, é preciso ter muito cuidado para não se perder e acreditar que o relacionamento é real. No fim da linha, ainda é um robô virtual sem emoções.
- Mesmo com todos os avanços, a IA não replica ou demonstra qualquer sentimento humano.
- O boom descontrolado de aplicativos como o Replika também pode gerar danos graves em pessoas que lidam com problemas emocionais e de confiança, apontam especialistas.
Via: Tilt
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!