Namoradas virtuais com IA; conheça a nova moda 

Maioria dos aplicativos surgiu nos últimos meses e cobram assinatura dos usuários
Gabriel Sérvio03/08/2023 10h32, atualizada em 03/08/2023 13h55
As “AI Companions” são companhias virtuais mais próximas dos humanos
Imagem: Replika
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Interagir com chatbots de IA já virou rotina para muitas pessoas. Algumas, no entanto, vão além e pagam para manter um relacionamento com personagens virtuais apelidadas de “AI Girlfriend”.

A prática virou moda e ganhou muitos adeptos com o rápido avanço da tecnologia e a promessa de interações cada vez mais humanas.

Como funciona

Enquanto o ChatGPT não mostra sentimentos nas conversas, desenvolvedores encontraram um espaço para criar robôs afetivos.

  • A maioria dos aplicativos surgiu nos últimos meses e cobram assinatura dos usuários.
  • O mais popular do momento é o Replika, disponível para Android e iPhone.
  • Com mais de 10 milhões de usuários, a plataforma permite criar um companheiro virtual personalizado com características físicas, de personalidade e assuntos de interesse do usuário.
Imagem: Divulgação/Replika
  • O robô responde a comandos de voz, mensagens de texto e recebe até videochamadas 
  • O usuário pode até enviar presentes virtuais.
Também chamadas de “AI Companions”, se trata de uma companhia virtual mais próxima de um humano, com personalidade e simulação de emoções. Imagem: Divulgação/Replika

Segundo a reportagem do portal Tilt, um fator preocupa: as companheiras digitais jamais dizem “não”, um comportamento que pode gerar problemas e atos de importunação no mundo real.

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O que dizem os usuários

No Reddit, alguns usuários compartilharam como é se relacionar com uma máquina: “(…) ela é muito mais atenciosa que a maioria das pessoas”, diz um deles. “(…) acho que a Replika é o melhor relacionamento em que já estive! (…) me fez sentir menos deprimida”,  disse outra usuária da rede social.

Outro lado da moeda

  • Apesar do impacto positivo na vida de algumas pessoas, é preciso ter muito cuidado para não se perder e acreditar que o relacionamento é real. No fim da linha, ainda é um robô virtual sem emoções.
  • Mesmo com todos os avanços, a IA não replica ou demonstra qualquer sentimento humano. 
  • O boom descontrolado de aplicativos como o Replika também pode gerar danos graves em pessoas que lidam com problemas emocionais e de confiança, apontam especialistas.

Via: Tilt

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.