As fotos “falsas” criadas por IA (inteligência artificial) ficam cada vez mais convincentes. Mas, por enquanto, é possível identificá-las. Aliás, existem até macetes para isso. É que essas plataformas, por mais avançadas que sejam, ainda deixam alguns detalhes passarem.

Por isso, o segredo está em você explorar as fraquezas das máquinas. E sim, elas existem – pelo menos, por ora. A seguir, o Olhar Digital te mostra como ficar mais safo com fotos “falsas” criadas pelas plataformas de IA.

publicidade

Leia mais:

Detalhes estranhos

Fotos fakes do Papa Francisco usando casaco puffer
Ferramentas de IA ainda não são muito boas para representar certas partes do corpo, como as mãos (Imagem: Reprodução/Twitter / montagem: Pedro Spadoni/Olhar Digital)

Apesar do avanço cada vez mais acelerado das ferramentas de criação por IA, elas ainda não são muito boas para representar certas partes do corpo. É o que explica Henry Ajder, especialista no assunto e apresentador da BBC.

publicidade

Outro ponto fraco: olhos. A tecnologia de inteligência artificial ainda não consegue representá-los de maneira fiel – principalmente se a imagem tiver mais de uma pessoa. Além disso, tons de pele não naturais e rostos com feições borradas são fortes indícios de que a imagem é falsa.

O que tem preocupado especialistas não é o fato de pessoas usarem IA para manipular imagens, mas a velocidade das inovações tecnológicas e seu potencial para uso indevido.

publicidade

Esse tipo de conteúdo está evoluindo rapidamente e a lacuna entre conteúdo autêntico e falso está se tornando mais difícil de discernir.

Mounir Ibrahim, da Truepic, empresa de análise de conteúdo digital, em entrevista à BBC

Fique atento

Imagem falsa de Donald Trump correndo da polícia na rua
Partes do corpo estranhas e mistura de elementos que não se misturam geralmente são indícios de fotos ‘falsas’ (Imagem: Reprodução/Twitter / montagem: Pedro Spadoni/Olhar Digital)

Existem outras dicas para saber se uma imagem saiu da mente de alguém “naturalmente” ou por meio de uma IA. Atente-se a elementos como:

  • Fundo muito desfocado;
  • Textos indecifráveis em segundo plano; 
  • Falta de simetria no rosto;
  • Partes da imagem parecem pintadas;
  • Objetos se misturando à pele.

Em suma, a dica é verificar se há inconsistências visíveis na imagem. Além das citadas acima, entram aqui bordas embaçadas; detalhes do corpo ou fios de cabelo cortados e por aí vai.

publicidade

Outro macete é fazer uma “busca reversa” no Google. Nesse tipo de busca, você usa o Google para procurar imagens relacionadas a uma existente. Assim, você checa se há referências de sites oficiais e confiáveis. Porém, saiba que IAs têm acesso a uma vasta base de dados.

Também existem sites e aplicativos para analisar veracidade das fotos e verificar metadados. Por exemplo, no site Fotoforensics, basta você fazer upload da imagem (do seu aparelho e a partir de URL) que ele te entrega uma série de informações sobre ela. O mesmo processo vale para apps como EXIF Metadata (para iPhone) e Photo EXIF & Metadata Editor (para celulares com Android).

Com informações da BBC

Imagem de destaque: Reprodução / Twitter – montagem: Pedro Spadoni / Olhar Digital

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!