Fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento de pedras nos rins incluem ser um homem adulto, obesidade, diarreia crônica, desidratação, e ter doença inflamatória intestinal, diabetes, ou gota. Mas agora, um estudo divulgado na Frontiers in Nutrition aponta que o consumo elevado de açúcares adicionados também pode ser um fator de risco para cálculos renais.

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O estudo

  • Os açúcares adicionados estão presentes em muitos alimentos processados, especialmente em refrigerantes adoçados com açúcar, bebidas de frutas, doces, sorvetes, bolos e biscoitos.
  • No estudo, foram analisados dados de cerca de 28 mil pessoas adultas, coletados entre 2007 e 2018 no National Health and Nutrition Examination Survey dos Estados Unidos.
  • Os pesquisadores ajustaram as chances de desenvolver pedras nos rins por ano durante o teste para uma série de fatores explicativos.
  • Eles incluíram sexo, idade, raça ou etnia, renda relativa, IMC, pontuação do HEI-2015, status de tabagismo e se os participantes tinham histórico de diabetes.
  • A ingestão média global de açúcares adicionados foi de 272,1 calorias por dia, o que corresponde a 13,2% do total energético diário ingerido.
  • O resultado apontou que os participantes que ingeriram uma quantidade maior de açúcares adicionados tiveram 39% mais chances de desenvolver cálculos renais.
  • “Nosso estudo é o primeiro a relatar uma associação entre o consumo de açúcar adicionado e pedras nos rins. Isso sugere que limitar a ingestão de açúcar adicionado pode ajudar a prevenir a formação de cálculos renais”, explicou o autor da pesquisa, doutor Shan Yin.
  • Apesar dos números encontrados, os pesquisadores dizem que ainda não se pode ter certeza da correlação entre o consumo dos açúcares e o problema renal.
  • “Mais estudos são necessários para explorar a associação entre açúcar adicionado e várias doenças ou condições patológicas em detalhes. Por exemplo, que tipos de cálculos renais estão mais associados à ingestão de açúcar adicionado? Quanto devemos reduzir nosso consumo de açúcares adicionados para diminuir o risco de formação de cálculos renais? No entanto, nossas descobertas já oferecem insights valiosos para os tomadores de decisão”, destacou Yin.

Pedras nos rins

  • Segundo dados oficiais, entre 7% e 15% dos habitantes da América do Norte sofrem de pedras nos rins.
  • O problema também acomete entre 5% e 9% da população da Europa e entre 1% e 5% das pessoas que vivem na Ásia.
  • No Brasil, estima-se que uma em cada 10 pessoas sofra de cálculo renal 
  • Os sintomas comuns são dor intensa, náuseas, vômitos, febre, calafrios e urina com sangue.
  • A longo prazo, as pedras nos rins podem levar a infecções, rins inchados, insuficiência renal e doença renal em estágio terminal.

Com informações de Medical Xpress.

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