A Unaids prevê o fim da pandemia de Aids até 2030, segundo um relatório global divulgado pelo programa das Nações Unidas. Entre os motivos que nos levarão a esse cenário está o aumento expressivo na cobertura do tratamento com antirretrovirais, que contribuem para a supressão viral dos infectados.

O diagnóstico feito pela Unaids indica uma queda considerável no número de novos casos de HIV, o que significa que os níveis de contágio não serão mais epidêmicos.

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Segundo especialistas ouvidos pelo Jornal da USP, haverá uma transição do fim do período pandêmico para o início do endêmico. Ou seja, a AIDS irá se manter com um número regular de casos, porém os valores de transmissão, incidência e mortalidade irão variar de acordo com o contexto e localização.

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O grande avanço dos métodos de tratamento, profilaxia e prevenção contra a doença tem contribuído para a perspectiva otimista de que o fim da pandemia de AIDS seja possível até 2030.

Aliado a isso, a diversificação dos meios de prevenção e combate à doença, atendendo às individualidades e preferências de cada pessoa, favorece a redução do número de novos casos.

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Neste contexto, o Brasil tem apresentado boa experiência no controle do vírus desde a década de 1980, com acesso a tratamentos de última geração com menos efeitos colaterais.

No entanto, o relatório e os especialistas apontam alguns desafios para que essa previsão vire realidade, inclusive no Brasil, como:

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  • O acesso desigual a tratamentos e profilaxias;
  • O descrédito direcionado à Ciência;
  • O estigma em relação às pessoas portadoras do vírus do HIV;
  • A necessidade de investimento para o enfrentamento da doença;
  • Necessidade de investir em atividades educativas;
  • Rearticular e fortalecer o SUS e suas políticas;
  • Observar e replicar estratégias de combate bem-sucedidas.

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