Na segunda-feira (7), a juíza Yvonne Gonzalez-Rogers negou o pedido do Google de arquivar o processo que alega que a big tech invadiu a privacidade de milhares de pessoas rastreando suas atividades online.

Entenda o que aconteceu:

  • O processo, aberto em 2020 por usuários, acusa a empresa de rastreá-los via cookies, análises e ferramentas do Google;
  • A ação também diz que a big tech continua obtendo informações mesmo com o modo anônimo ativado;
  • “Google sabe quem são seus amigos, quais são seus hobbies, o que você gosta de comer, quais filmes você assiste, onde e quando gosta de fazer compras, quais são os seus destinos de férias favoritos”, diz o processo;
  • Os autores da ação pedem uma indenização no valor de US$5 bilhões.

Conforme relata o The Verge, a decisão da juíza apontou para algumas declarações de aviso de privacidade do Chrome, Política de Privacidade, janela anônima e página de ajuda de pesquisa, por exemplo. Nestes casos, era informado como o modo de navegação anônima limita as informações armazenadas e como os usuários podem controlar a coleta de seus dados.

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Com isso em vista, ela considera que ainda deve ser avaliado se os comunicados e políticas da empresa “criaram uma promessa executável de que o Google não coletaria dados dos usuários enquanto eles navegassem em particular”.

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Em resposta a decisão, à porta-voz do Google José Castañeda disse:

Nós contestamos veementemente essas reivindicações e nos defenderemos vigorosamente contra elas. O modo de navegação anônima no Chrome oferece a opção de navegar na Internet sem que sua atividade seja salva em seu navegador ou dispositivo. Como afirmamos claramente cada vez que você abre uma nova guia anônima, os sites podem coletar informações sobre sua atividade de navegação durante a sessão.

José Castañeda, porta-voz do Google.

Para David Boles, advogado dos usuários autores da ação, a decisão de Yvonne Gonzalez Rogers foi “um passo importante na proteção dos interesses de privacidade de milhões de americanos”.

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