Amazon: projeto de entrega com drones enfrenta desafios para sair do papel; entenda

Projeto Amazon Prime Air, de entregas com drones nos Estados Unidos, contou com baixa de executivos, acidentes e desafios regulatórios
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Bruno Capozzi 09/08/2023 16h03, atualizada em 10/08/2023 21h48
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A Amazon está envolvida em um projeto ambicioso para realizar suas entregas usando drones nos Estados Unidos. No entanto, a divisão Prime Air, responsável por essa iniciativa, parece estar passando por alguns reveses, que incluem a saída de executivos importantes, acidentes e problemas regulatórios dos dispositivos.

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Baixas na divisão Amazon Prime Air

De acordo com a apuração da CNBC, dois executivos importantes da Prime Air, que trabalhavam na sede da divisão em Pendleton, Oregon, deixaram a empresa no último mês.

Um deles foi Jim Mullin, piloto-chefe da divisão. O outro foi Robert Dreer, que reportava a Mullin, e era responsável por todas as operações de testes da Prime Air.

Ambas as saídas foram publicadas nos respectivos LinkedIns dos executivos, uma vez que a Amazon não fez um anúncio público.

Serviço de entregas por drones da Amazon, Prime Air será inaugurado na Califórnia
Serviço de entregas por drones da Amazon, Prime Air foi inaugurado na Califórnia (Foto: Divulgação/Amazon)

Reveses para os drones da Amazon

  • O fundador e antigo CEO Jeff Bezos havia previsto em 2013 que em cinco anos a companhia estaria usando os drones para entrega – o que, dez anos depois, ainda não aconteceu.
  • As baixas na equipe executiva da Amazon vêm em um momento em que a empresa está se esforçando para transicionar o serviço operacional para esse tipo de entrega, que deveria ter começado no início deste ano.
  • O investimento massivo nesse projeto também passou por outros problemas: os drones passaram por restrições regulatórias e, por ora, só podem ser usados para entregas em Lockeford, na Califórnia, e College Station, no Texas.
  • Em ambos locais, a Amazon afirmou que já realizou centenas de entregas bem-sucedidas.
  • Agora, a empresa corre o risco de não cumprir com uma importante regulação da Federal Aviation Administration dos Estados Unidos, que está testando a confiabilidade do modelo MK27-2.
Amazon ainda enfrenta desafios para colocar seus drones nos ares dos Estados Unidos (Imagem: Reprodução/ Twitter)

Acidentes

Para piorar a situação, alguns acidentes com os drones também já foram reportados e dão dores de cabeça à Amazon até hoje.

O mais recente aconteceu em 21 de junho deste ano, durante testes em Pendleton. Segundo um relatório obtido pela CNBC, na ocasião, o drone fez um pouso de emergência em um campo e foi destruído. Ninguém ficou ferido.

A porta-voz da Amazon, Simone Griffin, se pronunciou sobre o caso e completou que não tiveram outros acidentes neste ano.

Testamos nossos sistemas de drones até seus limites e além. Neste caso, não houve danos a pessoas ou estruturas, reportamos este incidente às autoridades reguladoras conforme necessário, o teste de voo foi feito em conformidade com todos os regulamentos aplicáveis ​​e usaremos os aprendizados para continuar melhorando.

Simone Griffin

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Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.