Os Estados Unidos seguem adotando medidas para conter o avanço da China. Na disputa pela hegemonia mundial, a Casa Branca agora estabeleceu novas restrições para investimentos norte-americanos em empresas de tecnologia chinesas. Elas proíbem o financiamento em três setores: computação quântica, inteligência artificial para fins militares e semicondutores.

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O pacote anunciado pelo presidente Joe Biden ainda prevê que norte-americanos que já realizam negócios na China em algum novos setores sancionados são obrigados a informarem o governo americano. Quem violar as regras pode receber multas e até ser forçado legalmente a se desfazer das participações, segundo o Poder360

EUA querem barrar crescimento da China

  • As novas restrições de investimentos em tecnologia chinesa fazem parte de um esforço muito maior da Casa Branca para limitar o avanço de Pequim no setor, considerado fundamental.
  • Em novembro de 2020, o ex-presidente Donald Trump já havia proibido os norte-americanos de investirem em 31 empresas que, segundo o governo do país, “possibilitam o desenvolvimento e a modernização” do exército chinês e “ameaçam diretamente” a segurança dos EUA.
  • Já no governo de Joe Biden, em 4 de junho de 2021, a proibição foi expandida para 59 empresas chinesas.
  • Na lista, estão companhias como Huawei, China Mobile, China Telecommunications, China Unicom e a Hikvision.
  • O objetivo dos EUA é impedir que os chineses não apenas importem os chips mais avançados, mas também adquiram os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.

Resposta chinesa

  • O governo da China condenou as medidas.
  • O embaixador chinês em Washington, Xie Feng, disse que o país não quer uma guerra comercial ou tecnológica, mas responderá se os Estados Unidos impuserem mais restrições ao seu setor de semicondutores.
  • Já o porta-voz da embaixada chinesa nos EUA, Liu Pengyu, disse que “os EUA habitualmente politizam questões de tecnologia e comércio e as usam como ferramenta e arma em nome da segurança nacional”.
  • Pequim já adotou retaliações contra os americanos.
  • No final de julho, o país anunciou que vai restringir as exportações de drones e outros equipamentos. 
  • De acordo com a China, o controle das exportações de drone tem como objetivo salvaguardar “a segurança e os interesses nacionais”.
  • A medida inclui o bloqueio nas vendas de motores para drones, lasers, equipamentos de comunicação e sistemas anti-drones, e entrará em vigor no dia 1º de setembro.
  • Além disso, segundo o governo chinês, nenhum drone civil poderia ser exportado para fins militares. 

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