Uma pesquisa publicada na revista Science Advances ajuda a compreender melhor a história do oceano. Analisando gotas de água preservadas em cristais de sal marinho, cientistas conseguiram informações importantes sobre o movimento tectônico no fundo do mar. A descoberta também vai auxiliar no entendimento das condições atmosféricas ao longo do tempo.
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Composição da água do oceano
- A água do oceano não contém apenas sal.
- É uma mistura química com diferentes minerais em quantidades que ajudam a entender os diferentes processos que ocorreram durante a história do planeta.
- A halita marinha é um deles.
- O mineral possui pequenas gotas de água que preservam um registro químico do oceano no passado.
- Foi exatamente assim que os pesquisadores fizeram a descoberta.
- Eles analisaram partículas de água com mais de 150 milhões de anos que estavam preservadas em cristais de sal marinho, segundo informações da ScienceAlert.
Queda na concentração de lítio
- As amostras foram analisadas para determinar seu teor de lítio.
- Ele é um traçador da atividade hidrotermal, ou seja, de aberturas no fundo do mar que liberam calor e produtos químicos no oceano nos limites entre as placas tectônicas da Terra.
- Os resultados apontam que houve uma queda de sete vezes na concentração de lítio nos últimos 150 milhões de anos e um aumento correspondente nas proporções de magnésio e cálcio.
- Isso ocorreu devido a uma diminuição na atividade das placas tectônicas e na produção da crosta planetária, o que resultou em menos atividade hidrotermal.
Resfriamento do planeta
- Segundo o estudo, uma consequência desse fenômeno teria sido a liberação de menos dióxido de carbono na atmosfera.
- Isso pode ter contribuído para o resfriamento que produziu a última era do gelo, que se estendeu entre 115.000 e 11.700 anos atrás.
- A descoberta também pode ajudar no entendimento das condições atmosféricas ao longo do tempo.
- “Há uma ligação estreita entre a química oceânica e a química atmosférica. Quaisquer mudanças que aconteçam no oceano também refletem o que está acontecendo na atmosfera”, observou o geoquímico Mebrahtu Weldeghebriel, da Universidade de Princeton e da Universidade de Binghamton, um dos responsáveis pela pesquisa.
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