Amácio Mazzaropi foi um ator, humorista, produtor, cantor e cineasta brasileiro de enorme sucesso no cinema nacional, entre os anos 50 e início dos anos 80. Por isso, vamos listar 10 filmes para conhecer melhor Mazzaropi, homem e ator, neste post. Ele parece a figura personificada do popular personagem “Jeca Tatu” de Moteiro Lobato, no entanto, a figura de seu avô foi a fonte de inspiração para criar o típico caipira do interior paulista, que, na verdade, remete ao caipira de tantas e tantas longínquas cidades brasileiras.

Foram trinta e dois longas produzidos, inicialmente como ator, para no ano de 1958, tornar-se também produtor, acabou falecendo antes de terminar o trigésimo terceiro filme – Maria Tomba Homem – de 1982.

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10 filmes para conhecer Mazzaropi

  • Sai da Frente (1952) – O primeiro filme de Mazzaropi foi gravado nos estúdios Vera Cruz, neste filme ele é um atrapalhado dono de caminhão tendo como companheiro o pastor alemão Duque, no filme o cachorro é o “Coronel”, a confusão está instalada quando Isidoro, personagem de Mazzaropi, precisa levar uma carga até a cidade de Santos.
  • Nadando em Dinheiro (1952) – Isidoro agora sofre um acidente de carro, perto do Estádio do Pacaembu em São Paulo, e vira um milionário ao saber que é o único herdeiro de uma grande fortuna. Acaba desenvolvendo uma “vida dupla” que começa a colocá-lo em situações cada vez mais confusas e cômicas.
  • Chover de Praça (1958) – O primeiro filme como produtor e também ao lado de Geny Prado, atriz com a qual acaba contracenando diversas outras vezes. Agnaldo Rayol, Lana Bittencourt e o próprio Mazzaropi vão também acrescentar números musicais ao filme, “chofer de praça” é o sinônimo de taxista/uber, na época.
Cena de O Corintiano (Reprodução)
  • Jeca Tatu (1959) – Filme escrito e dirigido por Milton Amaral, o filme é – como o nome sugere – inspirado no personagem homônimo, criado por Monteiro Lobato, nascido de uma propaganda do Instituto de Medicamentos Fontoura S/A, que cedeu os direitos para o filme. Fatos que colocam este título obrigatoriamente em qualquer lista dos filmes do ator.
  • Tristeza do Jeca (1961) – Novamente como Jeca, Mazzaropi produz e dirige seu 13º filme. Jeca, a esposa Filó e seus filhos Maria e Toninho são trabalhadores da fazenda do Coronel Felinto, que disputa a eleição para prefeito. Seu opositor, o idoso Coronel Policarpo, é apoiado pelo Coronel Bonifácio. Ambos os candidatos querem o apoio de Jeca, que é tido como um dos líderes dos trabalhadores. Jeca não quer se envolver na disputa, mas situações vão fazer com que ele tenha que decidir um dos lados nessa eleição.
  • O Corintiano (1966) – Manoel, apelidado de “Seu Mané”, é um barbeiro e morador da Vila Maria Zélia, em São Paulo é um torcedor fanático do Corinthians, e faz de tudo pelo seu time de coração, enlouquecendo sua família. Entra em conflito com seu vizinho Leontino, italiano e palmeirense. Em uma cena, há uma guerra de hinos dos dois clubes. Mané faz promessas malucas e orações a São Jorge, passa sofrimentos e profere insultos na arquibancada. Em seu salão, corta o cabelo e faz a barba de graça de quem for corintiano e apresentar carteirinha do clube.
Google-mostra-Amacio-Mazzaropi-como-Jeca-Tatu-em-Doodle-comemorativo-de-aniversario-do-artista. . Imagem: Prefeitura de São José dos Campos/Divulgação
Imagem: Prefeitura de São José dos Campos/Divulgação
  • O Jeca e a Freira (1967) – esse filme foi lançado em 1968, dirigido e estrelado por Mazzaropi, já na sua produtora PAM Filmes. No século XIX, época da Escravidão no Brasil, no interior do Estado de São Paulo, o poderoso latifundiário Pedro toma a pequena criança Celeste do casal de caipiras colonos, Sigismundo e Floriana, criando-a como filha. Treze anos depois, Celeste está de férias do colégio religioso e retorna à fazenda acompanhada da freira Irmã Isabel. Pedro avisa aos pais dela que a moça continuará na casa dele e os ameaça de morte caso lhes revelem a verdade.
  • O Grande Xerife (1972) – O pequeno povoado de Vila do Céu é constantemente atacado pela quadrilha liderada pelo misterioso bandoleiro João Bigode, que secretamente é apoiado pelas autoridades do lugar. Numa arruaça no bar da cidade, João Bigode mata o xerife e coloca no lugar o humilde chefe dos correios, Inácio Pororoca. A população brinca com o fato e dá a Inácio uma estrela de brinquedo de xerife americano e uma espingarda com o cano torto, “para matar veado na curva”. As autoridades trapaceiras acham que Inácio desconfia deles e o mantém no cargo para que fosse morto pelos bandidos. Inácio leva a sério sua incumbência e manda um índio alcoólico que estava na cadeia se infiltrar no bando de João Bigode, a fim de descobrir os planos do bandido.
  • O Jeca Macumbeiro (1974) – Pirola (Mazzaropi) vive com o filho na fazenda do Coronel Januário, com o patrão e sogro de sua filha. Depois de ter recebido de um amigo uma sacola com muito dinheiro, Pirola procura o patrão, por não saber o que fazer com aquilo. O patrão, falido, finge ser um pai-de-santo para ficar com o dinheiro.
  • O Jeca e a Égua Milagrosa (1980) – Dois fazendeiros, Libório e Afonso, disputam votos para vencer a eleição para a prefeitura de uma pequena cidadezinha do interior. Os dois têm terreiros de umbanda e candomblé, utilizando os espaços para arregimentar frequentadores e votos. O simplório Raimundo, personagem de Mazzaropi, é amigo do coronel Afonso. O rival de Afonso, Libório, tem uma égua, à qual as pessoas atribuem poderes milagrosos de cura, que indispõem os dois fazendeiros. Raimundo gosta da égua, mas sua amizade com o coronel Afonso o afasta de Libório. Raimundo se envolve em confusões enquanto as eleições se aproximam e acaba sendo obrigado a se casar com a égua. Para piorar, o espírito da falecida mulher de Raimundo volta do além para atormentá-lo.