O vento é um aliado em qualquer navegação. Os povos antigos descobriram isso para começar a desbravar mares e oceanos. Mas não quer dizer que hoje ele não seja mais necessário. Quer uma prova? Um navio de carga equipado com velas especiais gigantes movidas a vento partiu em sua viagem inaugural. E o destino final dessa viagem será o Brasil.

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Navio saiu da China e destino final será o Brasil (Imagem: divulgação/Cargill)

Grandes velas reduzem impacto ambiental

  • O navio Pyxis Ocean foi fretado pela empresa de transporte marítimo Cargill.
  • A embarcação saiu da China e o destino final dessa viagem inaugural será Paranaguá, no Brasil.
  • Esse é o primeiro teste da tecnologia, uma aposta para ajudar a indústria a caminhar em direção a um futuro mais verde.
  • O cargueiro conta com grandes velas (ou “asas”) WindWings, de design britânico, que ficam dobradas quando o navio está no porto, mas são abertas após zarpar, segundo reportagem da BBC.
  • Elas têm 37,5 metros de altura e são construídas com o mesmo material das turbinas eólicas, o que as torna mais duráveis.
  • O uso da tecnologia permite que a embarcação seja levada pelo vento, em vez de depender apenas de seu motor, o que pode reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) em até 30%.
  • A iniciativa faz parte dos esforços para reduzir os impactos ambientais provenientes do transporte marítimo.
  • Atualmente, o setor responde por cerca de 2,1% das emissões globais de CO2.
  • Em julho, a indústria concordou em zerar a emissão de gases que aquecem o planeta “por volta de 2050”.
Velas têm 37,5 metros de altura e são construídas com o mesmo material das turbinas eólicas (Imagem: divulgação/Cargill)

Pyxis Ocean: Fórmula 1 dos mares

  • O Pyxis Ocean vai demorar cerca de seis semanas para chegar ao Brasil.
  • A tecnologia usada na embarcação foi desenvolvida pela empresa britânica BAR Technologies, que surgiu da equipe do velejador britânico Ben Ainslie na Copa América de 2017, uma competição chamada por muitos de “Fórmula 1 dos mares”.
  • “Este é um dos projetos mais lentos que já fizemos, mas sem dúvida com o maior impacto para o planeta”, disse à BBC o chefe da equipe, John Cooper, que trabalhava para a McLaren, da Fórmula 1.
  • Ele acredita que esta viagem marcará uma virada para a indústria marítima.
  • “Prevejo que até 2025 metade dos novos navios serão encomendados com propulsão eólica”, disse ele.

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