Cruise reduzirá frota de robotáxis após acidentes em São Francisco

O passo atrás vem pouco depois da autorização para uma expansão do serviço
Por Alisson Santos, editado por Bruno Capozzi 22/08/2023 10h22
Robôtáxi da Cruise andando na rua
(Imagem: Divulgação/Cruise)
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O mercado de táxis autônomos dará um passo atrás após imprevistos nos Estados Unidos. A Cruise, subsidiária da General Motors (GM), anunciou que cortará metade da frota de ‘robotáxis’ por causa de acidentes em São Francisco. Nós noticiamos, por exemplo, o carro que entrou em um canteiro de obras e acabou preso no concreto fresco.

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Como consequência, o Departamento de Veículos Motorizados do estado solicitou que a montadora reduza a quantidade de automóveis da linha Cruise em circulação. “O DMV está investigando incidentes recentes envolvendo veículos de cruzeiro em San Francisco”, disse a DMV em um comunicado à Associated Press.

A Cruise concordou com uma redução de 50% e não terá mais do que 50 veículos sem motorista em operação durante o dia e 150 veículos sem motorista em operação à noite.

Departamento de Veículos Motorizados

Histórico recente

  • No dia 10 de agosto, a Comissão de Serviços Públicos autorizou a expansão de duas frotas de veículos autônomos no transporte de passageiros, intensificando a competição entre duas empresas – Cruise e Waymo. Com a medida, os serviços ficaram disponíveis 24h por dia.
  • Uma semana depois, na quinta-feira (17), um carro da Cruise, que tinha sinal verde, entrou em um cruzamento e foi atingido por um veículo de emergência que atendia a um chamado;
  • O ‘obotáxi transportava somente um passageiro, que foi direcionado ao hospital com ferimentos leves, afirmou a Cruise;
  • Nesse mesmo dia, outro autônomo da linha, que estava sem passageiros, colidiu com outro carro.

O sistema dos veículos autônomos ainda enfrenta dificuldades para detectar objetos em esquinas e cruzamentos por causa da “visão” obstruída por edifícios.

No caso da colisão com o veículo de emergência, segundo o comunicado, o robotáxi identificou o risco de batida, freou, reduziu a velocidade, mas não foi capaz de evitar a colisão.

“A capacidade do AV de traçar com sucesso o caminho do veículo de emergência foi complicada pelo fato de que o veículo estava na faixa de tráfego que se aproximava, para a qual se mudou para contornar o sinal vermelho”, disse Greg Dietrerich, gerente geral da Cruise em San Francisco.

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Alisson Santos
Redator(a)

Alisson Santos é estudante de jornalismo pelo Centro Universitário das Américas (FAM). Atualmente é redator em Hard News no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.