Ouro não é o metal mais caro do mundo, saiba quem lidera o ranking

O ródio é um metal extremamente versátil, no entanto, ele é menos conhecido que ouro, prata e platina, mesmo sendo mais caro
Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares 23/08/2023 08h34, atualizada em 24/08/2023 17h18
Ródio
Ródio (Credito: RHJPhtotos/ Shutterstock)
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Apesar da platina, ouro e prata serem os metais preciosos mais popularmente conhecidos, eles não são os mais caros. Esse posto pertence ao ródio, praticamente desconhecido e usado principalmente em catalisadores automotivos.

O grama do ouro custa atualmente cerca de 67 dólares, com 0,0013 partes por milhão de ocorrência na crosta terrestre. No caso do ródio, no entanto, o preço está cerca de 144 dólares e sua abundância é de 0,000037 partes por milhão, de acordo com a Royal Society of Chemistry.

O metal foi descoberto em 1803 pelo químico inglês William Hyde Wollaston junto de um pedaço de platina extraído na América do Sul. O metal foi encontrado depois do paládio ser descoberto a partir da mesma amostra e ainda restar um pó vermelho, que acabou se revelando como o ródio. Apesar de sua cor branca prateada em seu estado sólido, seu nome em grego significa rosa, fazendo referência a cor avermelhada dos seus sais.

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O que torna o ródio um metal tão caro?

Além da sua raridade, tornando o metal tão caro é o fato dele não interagir facilmente com o oxigênio, ou seja, ele é resistente a corrosão e a oxigenação, tornando-o um ótimo catalisador.

O ródio é um metal do grupo platina, possui ponto de fusão em 1964 graus Celsius, suporta temperaturas da água e do ar em até 600 °C e não se solubiliza na maioria dos ácidos. Assim, seu uso é extremamente versátil, além dos catalisadores ele também pode ser aplicado em carros, aeronaves, contatos elétricos, termopares de alta temperatura e fios de resistência. Seu uso em joias é mínimo e é geralmente usado em ligas metálicas.

Atualmente, cerca de 16 toneladas de ródio são extraídas por ano, e estima-se que existam apenas 3 mil toneladas de reserva. Sua produção ocorre principalmente na Rússia e na África do Sul e acontece como um subproduto da refinação de outros minérios, não existindo minas do metal. 

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Redator(a)

Mateus Dias é estudante de jornalismo pela Universidade de São Paulo. Atualmente é redator de Ciência e Espaço do Olhar Digital

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.