IA pode repetir erros das redes sociais, diz presidente da Microsoft

Presidente da Microsoft elogiou as potencialidades da IA, mas destacou que precisamos observar também os riscos trazidos por ela
Alessandro Di Lorenzo25/08/2023 12h15
Montagem de pessoa escrevendo sobre desenho de inteligência artificial (IA)
Imagem: Shutterstock
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O avanço da inteligência artificial tem gerado diversos temores. E muito discutem se essa tecnologia chegou de fato para valer, ou se será apenas um boom temporário. Para o presidente da Microsoft, Brad Smith, o rápido desenvolvimento da IA pode repetir os erros cometidos pela indústria de tecnologia no início da era das redes sociais.

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Comparação entre IA e redes sociais

  • A declaração foi dada nesta sexta-feira (25) durante um fórum de negócios realizado em Nova Délhi, capital da Índia, e que serve como preparação para a reunião do G20 marcada para o mês de setembro.
  • No evento, o presidente da Microsoft elogiou as potencialidades da inteligência artificial, mas destacou que precisamos observar também os riscos trazidos por ela.
  • Brad Smith lembrou que a tecnologia potencializa a desinformação e que há temores em relação aos impactos da IA no mercado de trabalho.
  • Ele ainda comparou o atual momento com os primeiros anos após a criação das plataformas de mídia social, segundo informações da Tech Xplore.
  • “Naquela época, a indústria de tecnologia ficou um pouco eufórica demais com todas as coisas boas que as mídias sociais trariam ao mundo – e foram muitas – sem pensar nos riscos também. Precisamos ter os olhos claros, precisamos estar animados com as oportunidades, mas pensativos, talvez até preocupados, com o lado negativo. E precisamos construir as grades de proteção desde o início”, afirmou o presidente da Microsoft.

Inteligência artificial: potenciais e riscos

  • Outro ponto ligado à inteligência artificial que foi citado é o potencial da tecnologia para para melhorar ou substituir tarefas feitas por humanos.
  • As ferramentas de IA mostraram nos últimos meses a capacidade de gerar ensaios, criar imagens realistas, imitar vozes de cantores famosos e até passar por exames médicos, entre uma série de usos.
  • Mas há também preocupações de que os chatbots possam inundar a internet com desinformação, que algoritmos tendenciosos produzam material racista ou que a automação alimentada por IA possa devastar indústrias inteiras.
  • Mas um relatório divulgado recentemente pela Organização das Nações Unidas (ONU) foi no sentido contrário ao apontar que a inteligência artificial pode, inclusive, gerar um aumento do número de empregos, acrescentando, no entanto, que a tecnologia alteraria a intensidade do trabalho e a autonomia dos trabalhadores.
  • O documento também destacou que os efeitos da tecnologia variariam muito entre profissões e regiões, com os trabalhadores administrativos enfrentando a maior exposição às mudanças e as mulheres mais propensas do que os homens a ver seus empregos afetados.
  • Para Smith, está claro que o público “quer estar confiante de que essa nova tecnologia permanecerá sob controle humano”.
  • Já o presidente-executivo da Mastercard, Michael Miebach, observou que as empresas precisam construir confiança sobre o uso da tecnologia e tomar medidas para resolver questões como o viés da IA.
  • Mas também disse acreditar que os riscos em torno da tecnologia “não são terrivelmente novos” e não devem impedir o desenvolvimento dela.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.