Novo método para captura de carbono é criado

Novo sistema requer menos calor e energia para capturar CO2, o que pode reduzir os impactos das mudanças climáticas
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 31/08/2023 12h37, atualizada em 01/09/2023 11h10
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(Imagem: darksoul72/Shutterstock)
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Um dos métodos que pode ajudar a reduzir os impactos das mudanças climáticas é a chamada captura de carbono. O dióxido de carbono (CO2) fica preso antes de escapar para a atmosfera, mas o processo de captura requer uma grande quantidade de energia e equipamentos. O que pode mudar a partir de agora. Um estudo publicado na ACS Central Science apresenta um novo sistema que utiliza uma célula eletroquímica que pode facilmente capturar e liberar CO2.

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Importância da captura de dióxido de carbono

  • A técnica existente atualmente não é viável para todos os setores devido aos custos.
  • Além disso, o processo requer muita energia, calor e equipamentos industriais, que podem queimar ainda mais combustíveis fósseis no processo.
  • O CO2 é, por exemplo, um subproduto natural da fabricação de cimento e, portanto, um grande contribuinte para as emissões por si só.
  • Em função desse cenário, encontrar novas técnicas para captura do dióxido de carbono é vital na luta contra o aquecimento global.
Captura de carbono pode ajudar a combater o aquecimento global (Imagem: Aleks Images/Shutterstock)

O método criado pelos pesquisadores

Segundo os pesquisadores, o novo dispositivo opera à temperatura ambiente e requer menos energia do que os sistemas convencionais de captura de carbono à base de amina, de acordo com informações da Tech Xplore.

A captura de carbono poderia ser eletrificada usando células eletroquímicas, e esse sistema poderia ser alimentado por fontes de energia renováveis.

Primeiro, a equipe desenvolveu uma célula eletroquímica que poderia capturar e liberar carbono emitido “balançando” cátions carregados positivamente através de uma amina líquida dissolvida em dimetil sulfóxido.

Quando a célula foi descarregada, um forte cátion Lewis interagiu com o ácido carbâmico, liberando COe formando o carbamato amina.

Os pesquisadores otimizaram o processo de oscilação de íons com uma combinação de íons potássio e zinco. Esta célula exigiu menos energia do que outras células baseadas em calor e foi competitiva com outras células eletroquímicas em experimentos iniciais.

Além disso, eles testaram a estabilidade de longo prazo do dispositivo e descobriram que quase 95% de sua capacidade original foi mantida após vários ciclos de carga e descarga, demonstrando que o sistema era viável.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.