Tumba de xamã de 3 mil anos é descoberta no Peru

O xamã foi encontrado junto de várias oferendas funerárias, como tigelas de cerâmica e selos de desenhos complexos
Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares 05/09/2023 08h14
Tumulo de xamã foi encontrado no Peru
Tumulo de xamã foi encontrado no Peru (Credito: Ministério da Cultura do Peru)
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Um grupo de arqueólogos encontrou no Peru o túmulo de um xamã que teria vivido há cerca de 3 mil anos. A descoberta foi feita por uma colaboração entre pesquisadores peruanos e japoneses.

O túmulo foi encontrado no Complexo Arqueológico de Pacopampa, na província de Chota, em Cajamarca, no Peru. O xamã foi encontrado junto de várias oferendas funerárias como tigelas de cerâmica e selos de desenho complexo, entre ele o de uma onça, que foram provavelmente usados ​​para pinturas corporais ritualísticas.

A sepultura onde o indivíduo foi enterrado compreende em um poço circular com cerca de 3 metros de diâmetro e um metro de profundidade, tendo sido escavado durante o período Pacopampa I, por volta do ano 1000 a.C.

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O xamã do Complexo Arqueológico de Pacopampa

O xamã era um homem adulto que foi enterrado de bruços com os braços e pernas cruzados. Além disso, seu rosto estava coberto de cinábrio vermelho, um mineral natural que foi provavelmente trazido das montanhas para o planalto. Acredita-se que apenas a elite teria acesso ao material através do comércio de grande distância.

Os pesquisadores pontuam que provavelmente o xamã era visto como uma espécie de líder espiritual com a habilidade de manipular os poderes de onças, cobras e aves de rapina, na qual as pessoas buscavam para pedir conselhos curas. 

Desde 2005, o local onde o túmulo foi encontrado tem sido palco da descoberta de vários outros sepultamentos. Segundo o Ministério da Cultura do país, o Complexo Arqueológico de Pacopampa tem sido escavado por equipes colaborativas de arqueólogos do Peru e do Japão.

O sítio provavelmente foi um centro de peregrinação para onde os peruanos viajavam com fins sagrados. Agora, espera-se construir um centro de investigação no local a fim de permitir um estudo melhor dos achados e um destino para turistas.

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Redator(a)

Mateus Dias é estudante de jornalismo pela Universidade de São Paulo. Atualmente é redator de Ciência e Espaço do Olhar Digital

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.