Uma tempestade solar atingiu o Cometa Nishimura (C/2023 P1) e arrancou sua cauda. Mas o cometa é destemido. Isso porque, apesar da porrada, ele continua se aproximando do Sol.

Para quem tem pressa:

  • Uma tempestade solar atingiu o Cometa Nishimura e causou um evento de desconexão, arrancando sua cauda;
  • O fenômeno foi observado em 2 de setembro por um astrofotógrafo na Áustria;
  • A ejeção de massa coronal solar (EMC) provavelmente veio de uma mancha solar ativa diretamente voltada para o cometa;
  • Mais ventos solares estão a caminho, o que pode afetar sua cauda novamente;
  • O cometa está em rota de colisão com o Sol, com o encontro previsto para 17 de setembro.

O astrofotógrafo Michael Jäger registrou o fenômeno no Centro de Astronomia Martinsberg (AZM, na sigla original), na Áustria, e postou numa rede social. Veja abaixo:

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Um vento solar tão forte. O evento de desconexão em 2 de setembro – o desenvolvimento espetacular em uma animação de 20 minutos (RASA 11 QHY600) e 4x80seg vermelho.

Leia mais:

Sol e o Cometa Nishimura

Ilustração de erupção solar
(Imagem: Domínio público)

Esse tal “evento de desconexão” é causado quando uma Ejeção de Massa Coronal-solar (EMC) atinge o cometa. No caso do Nishimura – descoberto pelo astrônomo amador Hideo Nishimura – isso ficou observável da Terra em 2 de setembro.

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A EMC que o atingiu provavelmente veio da mancha solar ativa AR3413, quase diretamente voltado para o Cometa Nishimura, segundo o site Space Weather. É como se fosse um canhão virado para o cometa.

Com o impacto, o cometa perdeu sua cauda. Mas ele deu uma de lagartixa, porque ela cresceu de volta. Só que pode não durar muito, porque mais ventos solares estão a caminho. O observatório Soho, da NASA (agência espacial dos EUA) e da ESA (agência espacial da Europa), registrou pelo menos duas indo na direção do cometa na terça-feira (05).

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Esse cometa está num mergulho em direção ao Sol com encontro entre os dois previsto para rolar em 17 de setembro. Isso também será observável Terra (para quem tiver conhecimento e equipamento suficiente). Atualmente, ele está a meio caminho, entre as órbitas de Mercúrio e Vênus. Por lá, essas EMCs são mais densas e fortes do que na vizinhança mais próxima da Terra.

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