O Congresso dos Estados Unidos discute abrir uma investigação contra a principal fabricante de chips da China, a Semiconductor Manufacturing International Corp (SMIC). Segundo alguns legisladores norte-americanos, a empresa teria violado as sanções dos EUA ao fornecer componentes para a Huawei.

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Entenda o caso

  • A Huawei utilizou um processador avançado de 7 nanômetros construído pela SMIC para alimentar seu mais recente smartphone.
  • O lançamento do produto indicou que a China está avançando em seu esforço para produzir semicondutores de ponta, apesar das sanções dos EUA.
  • As regras impostas pela Casa Branca exigem a aprovação do governo norte-americano para que qualquer empresa forneça à Huawei tecnologia dos EUA, que está presente em todas as operações da SMIC.
  • Segundo os legisladores norte-americanos, no entanto, essa licença não teria sido dada.
  • As informações são da Bloomberg.

Sanções não estão surtindo o efeito esperado

O caso também acende uma discussão sobre a eficácia das sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos em meio ao que está sendo chamado de a guerra dos chips.

Segundo o deputado Michael McCaul, presidente republicano do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, US$ 23 bilhões, quase R$ 115 bilhões, em licenças foram concedidas para empresas venderem tecnologia para a China no primeiro trimestre do ano passado. Isso indica que as regras são muito brandas.

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A SMIC foi adicionada à lista de entidades dos EUA em 2020 nos últimos dias do governo de Donald Trump, restringindo severamente seu acesso a tecnologia avançada. A inclusão da empresa se deve a preocupações de segurança nacional.

Congressistas dos EUA afirmam que as sanções contra a China são muito brandas (Imagem: Wallpaper Flare)

A guerra dos chips

Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.

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Além disso, cidadãos americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.

Importância dos chips semicondutores

Nos últimos anos, os chips semicondutores se tornaram uma força vital da economia moderna e o cérebro de todos os dispositivos e sistemas eletrônicos, de iPhones até torradeiras, data centers a cartões de crédito. Um carro novo, por exemplo, pode ter mais de mil chips, cada um gerenciando uma operação do veículo.

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Os semicondutores também são a força motriz por trás das inovações que prometem revolucionar a vida no próximo século, como a computação quântica e a inteligência artificial, como o ChatGPT, da OpenAI.

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